Sanções não afetam negociações do Irã com Europa e Ásia
Segundo o ministro iraniado de Petróleo, "as companhias internacionais querem trabalhar com o Irã"
EFE
Publicado em 6 de fevereiro de 2017 às 11h41.
Teerã - As novas sanções dos Estados Unidos não afetam a cooperação e as atuais negociações do Irã com companhias petrolíferas da Europa e da Ásia, segundo o Ministério iraniano de Petróleo.
O vice-ministro Amir Hossein Zamaninia explicou que os atrasos na implementação dos novos contratos se dão porque "o processo para chegar a um acordo definitivo requer tempo" em um país como o Irã.
"As companhias internacionais querem trabalhar com o Irã, mas os assuntos se movimentam devagar aqui", acrescentou o responsável de Petróleo, segundo as declarações divulgadas pelos veículos de imprensa oficiais.
Quanto às petrolíferas americanas, Zamaninia disse que o Irã "não impôs limitações" a estas companhias, mas estas não podem licitar projetos iranianos pelas restrições de Washington.
"De acordo com as sanções anteriores do Congresso americano, as companhias petrolíferas dos EUA não têm permissão para participar das licitações petrolíferas do Irã", destacou.
O Congresso americano estendeu em dezembro por mais dez anos a Lei de Sanções contra o Irã, enquanto a nova Administração de Donald Trump impôs na semana passada novas sanções a entidades e indivíduos.
Após a suspensão das sanções internacionais contra o Irã com a entrada em vigor do acordo nuclear em janeiro de 2016, várias multinacionais iniciaram conversas com a indústria petrolífera iraniana.
O Ministério do Petróleo publicou em janeiro uma lista de 29 empresas internacionais que tinham sido qualificadas para licitar projetos de petróleo e gás.
A data limite para receber ofertas para projetos petroleiros, anteriormente fixada até o final de janeiro, foi ampliada até 15 de fevereiro.
O Irã tem a reserva de gás mais importante do mundo e a quarta de petróleo.