Economia

Salário mínimo pode superar R$ 1.006 dependendo da inflação, diz ministro

Esteves Colnago afirmou que a variação da inflação pelo INPC pode ficar mais alta que a prevista pelo governo no projeto de Lei Orçamentária Anual 2019

Salário mínimo: ministro considera que valor pode superar o previsto atualmente (Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas)

Salário mínimo: ministro considera que valor pode superar o previsto atualmente (Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas)

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Reuters

Publicado em 13 de novembro de 2018 às 18h42.

Brasília - O ministro do Planejamento, Esteves Colnago, afirmou nesta terça-feira, 13, que a variação da inflação pelo INPC pode ficar mais alta que a prevista pelo governo no projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2019, o que abriria a porta para um salário mínimo maior que o de 1.006 reais originalmente estipulado para o ano que vem.

Em audiência pública na Comissão Mista de Orçamento (CMO), ele lembrou que cada 1 real de elevação no valor do salário mínimo implica necessidade adicional de 304 milhões de reais em gastos da União, aumentando a pressão sobre um Orçamento já apertado por crescentes gastos obrigatórios.

À exceção do INPC, o governo segue vendo os demais indicadores econômicos em linha com os traçados quando enviou o PLOA de 2019 ao Congresso, no fim de agosto, avaliou Colnago. Entram neste balaio a alta de 2,5 por cento para o PIB no ano que vem, uma Selic média de 7,17 por cento e uma taxa média de câmbio de 3,62 reais por dólar.

 

A regra atual estipula que o salário mínimo deve ser corrigido pelo INPC dos 12 meses anteriores somado ao crescimento da economia de dois anos antes.

Nas estimativas do Orçamento do ano que vem, o INPC de 2018 foi projetado em 4,20 por cento. Nos 12 meses até outubro, o indicador ficou em 4 por cento, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), inclusive, deverá decidir logo nos primeiros meses do ano como será a nova fórmula de cálculo do salário mínimo, que baliza o pagamento a servidores e aposentados, com forte relevância orçamentária. Isso deverá ser feito até 15 abril, quando deverá enviar ao Congresso o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2020.

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