Economia

Saída de dólares supera entrada em US$ 279 milhões

De janeiro até 16 de agosto, o segmento financeiro registrou saldo negativo de US$ 8,979 bilhões, enquanto o comercial ficou positivo em US$ 16,788 bilhões


	Notas de dólar: em julho, o BC eliminou as restrições de prazos para que os exportadores financiem pagamentos antecipados
 (Image Source / Getty Images)

Notas de dólar: em julho, o BC eliminou as restrições de prazos para que os exportadores financiem pagamentos antecipados (Image Source / Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2013 às 13h09.

Brasília – A saídas de dólares do país supera a entrada, gerando saldo negativo do fluxo cambial de US$ 279 milhões neste mês, até o dia 16. De janeiro a 16 de agosto, o fluxo cambial ficou positivo em US$ 7,809 bilhões. Os dados foram divulgados hoje (21) pelo Banco Central (BC).

De janeiro até 16 de agosto, o segmento financeiro (investimentos em títulos, remessas de lucros e dividendos ao exterior e investimentos estrangeiros diretos, entre outras operações) registrou saldo negativo de US$ 8,979 bilhões, enquanto o comercial (operações de câmbio relacionadas a exportações e importações) ficou positivo em US$ 16,788 bilhões.

O segmento financeiro, no mesmo período, ficou negativo em US$ 319 milhões. O fluxo comercial ficou positivo em US$ 41 milhões. As operações de Adiantamento sobre Contrato de Câmbio chegaram a US$ 1,652 bilhão. Os pagamentos antecipados ficaram em US$ 2,488 bilhões.

Esses valores estão incluídos nas exportações, que totalizaram US$ 9,649 bilhões neste mês até o dia 16. As importações ficaram em US$ 9,609 bilhões.

Em julho, o BC eliminou as restrições de prazos para que os exportadores financiem pagamentos antecipados. Antes, os exportadores que quisessem antecipar o recebimento das receitas com as vendas para o exterior poderiam pegar empréstimos de até cinco anos. O BC derrubou esse limite, permitindo que financiamentos de prazos mais longos sejam concedidos.

A medida ajuda a aumentar a oferta de dólares no mercado, o que pode empurrar a cotação para baixo.

O mercado financeiro global enfrenta turbulências por causa da perspectiva de que o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, reduza os estímulos monetários para maior economia do planeta. Se houver redução de estímulos, o volume de moeda norte-americana em circulação cai, aumentando o preço do dólar em todo o mundo.

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