Economia

Saiba o que vai acontecer no próximos seis meses

Qual será o cenário até março de 2003? É fácil saber. O dólar vai ficar entre 3,00 e 3,50 reais. Os juros deverão permanecer em 18% ao ano, e o risco Brasil vai oscilar no elevado nível entre 1.500 e 2.000 pontos. Haverá uma grande turbulência no mercado por causa da incerteza com relação à […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h41.

Qual será o cenário até março de 2003? É fácil saber. O dólar vai ficar entre 3,00 e 3,50 reais. Os juros deverão permanecer em 18% ao ano, e o risco Brasil vai oscilar no elevado nível entre 1.500 e 2.000 pontos. Haverá uma grande turbulência no mercado por causa da incerteza com relação à equipe econômica indicada pelo Partido dos Trabalhadores, que vai ganhar a eleição. Mas o novo governo petista não vai romper com o FMI, manterá o sistema de metas de inflação e o regime de câmbio flutuante, embora o Banco Central deva intervir de vez em quando para alinhar os preços do dólar.

Não, não é futurologia. Os dados acima são as expectativas do mercado financeiro para os próximos seis meses, levantadas em uma pesquisa da consultoria paranaense Global Invest. A enquete consultou 147 profissionais do mercado financeiro, analistas de bancos e formadores de opinião e foi realizada entre os dias 1º e 4 de outubro.

As conclusões são que os primeiros meses do governo Lula serão um período de muita agitação no mercado financeiro, seja pela indefinição no mercado interno, seja pela turbulência esperada no mercado internacional. Para os entrevistados, o início de 2003 será marcado por uma forte alta nos preços do petróleo -- que deverá ficar entre 25 e 30 dólares por barril -- e pela retração da economia americana. Se houver recuperação nos Estados Unidos, será um processo lento e gradual, que não será em nada parecido com o que aconteceu em 1999 e no ano 2000.

O mau desempenho da economia mundial, aliás, é o principal risco econômico global. Para 33% dos entrevistados, esse é o elemento que mais poderá contribuir para a deterioração das economias emergentes e para o risco político dos países desenvolvidos. O temor com relação ao desaquecimento econômico global superou a preocupação com a escalada do protecionismo comercial dos países desenvolvidos, que havia sido apontado como o principal risco na pesquisa anterior, realizada no início de agosto passado.

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