Economia

Safra deve fechar o ano com crescimento de 30,4%, estima IBGE

A estimativa de agosto é, no entanto, 0,5% inferior ao levantamento de julho

Soja: com alta esperada de 19,6% em relação a 2016, a produção de soja deve ter safra recorde de 115 milhões de toneladas (Paulo Fridman/Bloomberg)

Soja: com alta esperada de 19,6% em relação a 2016, a produção de soja deve ter safra recorde de 115 milhões de toneladas (Paulo Fridman/Bloomberg)

AB

Agência Brasil

Publicado em 12 de setembro de 2017 às 10h22.

A safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas deve fechar 2017 com um crescimento de 30,4% em relação ao ano passado.

Segundo a estimativa de agosto deste ano, do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, divulgado hoje (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o ano deve ser encerrado com uma safra de grãos de 240,9 milhões de toneladas.

A estimativa de agosto é, no entanto, 0,5% inferior ao levantamento de julho, ou seja, 1,2 milhão de toneladas a menos do que o IBGE previu na ocasião.

Com alta esperada de 19,6% em relação a 2016, a produção de soja deve ter safra recorde de 115 milhões de toneladas. Para o milho, que deverá ter aumento de 54,7% na produção, também é esperado resultado recorde, de 98,4 milhões de toneladas.

É estimada ainda alta na produção do arroz (16,2%). Vinte dos 26 produtos pesquisados pelo IBGE devem ter crescimento, entre eles o café canephora (33,3%), as três safras de feijão (40%, 26,9% e 7,2%, respectivamente), a laranja (6,9%), o algodão herbáceo (10,5%), a cebola (7,8%), cana-de-açúcar (1,3%) e as três safras de batata-inglesa (5,1%, 7,2% e 2,8%).

Entre os seis produtos com queda estimada na produção aparecem o trigo (-18,8%), café arábica (-13,1%) e a mandioca (-12,6%).

Área colhida

O IBGE estima aumento de 7% na área colhida, em relação a 2016. O total deve chegar a 61,1 milhões de hectares, área 0,05% inferior à estimativa de julho. Entre as três principais lavouras, são esperados acréscimos na área colhida da soja, de 2,3%, do milho, de 18,1%, e do arroz, de 4%.

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