Economia

Safra de café 10/11 do Brasil estimada em 47 mi sacas

São Paulo - A safra de café do Brasil em 2010/11 foi estimada nesta quinta-feira em 47 milhões de sacas de 60 kg pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que divulgou seu segundo levantamento para a commodity na temporada. Na primeira pesquisa, divulgada em janeiro, a Conab havia estimado a safra 10/11 em um intervalo […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h10.

São Paulo - A safra de café do Brasil em 2010/11 foi estimada nesta quinta-feira em 47 milhões de sacas de 60 kg pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que divulgou seu segundo levantamento para a commodity na temporada.

Na primeira pesquisa, divulgada em janeiro, a Conab havia estimado a safra 10/11 em um intervalo de 45,9 milhões a 48,7 milhões de sacas.

A projeção deste mês indica que a nova safra, cuja colheita já começou, não será recorde. A maior produção do Brasil, segundo a companhia, foi de 48,5 milhões de sacas, em 2002/03. O mercado aguarda uma safra 10/11 superior a 50 milhões de sacas.

A Conab previu que o Brasil colherá 35,3 milhões de sacas de café arábica em 10/11, contra intervalo de 34 milhões a 36,1 milhões de sacas na primeira estimativa.

A produção de café do tipo robusta foi projetada em 11,7 milhões de sacas, ante 11,9-12,5 milhões de sacas na previsão anterior.

A safra da temporada passada, um ano de baixa no ciclo bianual do arábica, foi mantida em 39,5 milhões de sacas.

"O bom resultado (em 10/11) é fruto da bienalidade positiva da cultura, que é intercalada entre um ciclo alto e baixo. Quando a comparação é feita em relação a 2008, ano também de bienalidade positiva, o crescimento (na safra) é de 2,85 por cento", afirmou a Conab em relatório.

O café tipo arábica representa cerca de 75 por cento da produção total do país, o maior produtor e exportador mundial.

"Colher uma safra de ciclo alto num momento em que o mercado internacional se ressente da falta de bons cafés arábicas é uma oportunidade para ocupar maior espaço nos blends, ou seja, produtos que resultam da composição de diferentes tipos de café", afirmou o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, em comunicado.

Rossi destacou ainda que o governo federal "formulará políticas adequadas para que o país comercialize sua safra com boa remuneração aos produtores". Mas não deu detalhes.

Nesta semana, o secretário de Produção e Agroenergia, Manoel Bertone, afirmou que o governo ainda discute alternativas para apoiar os produtores.


 

Área aumenta
A área em produção de café no Brasil aumentou 32 mil hectares (1,5 por cento), saindo de 2,09 milhões de hectares no ciclo passado para 2,12 milhões.

Cerca de 91 por cento das lavouras do Brasil estão em produção, e o restante dos cafezais, em formação.

A pesquisa foi realizada no período de 4 a 24 de abril, junto a instituições parceiras da Conab nos principais Estados produtores.

A maior produção está em Minas Gerais, que detém 50,9 por cento do total nacional, sendo 98,9 por cento do tipo arábica.

Em segundo lugar vem o Espírito Santo, com 23,4 por cento da colheita do país, com destaque para a produção do robusta, chamado no Estado de conilon.
 

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