Economia

Sabesp defende tarifa média de R$ 3,38/m3

A proposta da concessionária é 15,75% maior que a tarifa de R$ 2,92954 por metro cúbico sugerido pela Arsesp


	De acordo com a Sabesp, a tarifa de R$ 3,38/m3 implicaria em um aumento de 13,11% em relação à tarifa média vigente, de R$ 2,99/m3
 (RICARDO CORREA / EXAME)

De acordo com a Sabesp, a tarifa de R$ 3,38/m3 implicaria em um aumento de 13,11% em relação à tarifa média vigente, de R$ 2,99/m3 (RICARDO CORREA / EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

São Paulo - A Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) publicou nesta quarta-feira o parecer técnico da Sabesp sobre o processo de revisão tarifária da concessionária.

No documento, a Sabesp defende que o valor da tarifa preliminar - que pode entrar em vigor a partir de março - seja de R$ 3,3853 por metro cúbico (m3). A proposta da concessionária é 15,75% maior que a tarifa de R$ 2,92954 por metro cúbico sugerido pela agência reguladora.

"Deve-se garantir que as tarifas homologadas sejam suficientes para cobrir os custos da prestação do serviço e que sejam compatíveis com a capacidade de pagamento dos clientes", afirmou a Sabesp, no documento.

"Os recursos aportados devem permitir que os investimentos sejam realizados, mantendo o atendimento e assegurando o processo de universalização (da rede de água e esgoto no Estado de São Paulo)", completou, argumentando que as tarifas dos últimos anos não acompanham a necessidade econômica e financeira da empresa.

De acordo com a Sabesp, a tarifa de R$ 3,38/m3 implicaria em um aumento de 13,11% em relação à tarifa média vigente, de R$ 2,99/m3. Já na nota técnica da Arsesp, a tarifa sugerida de R$ 2,92/m3 equivale a uma alta de apenas 1,94%, pois a agência parte de um cálculo diferente, que estima uma tarifa média vigente de R$ 2,87/m3.


O motivo para as diferenças no cálculo da tarifa vigente ainda não está esclarecido. Na nota, a Sabesp pede à Arsesp que disponibilize a memória de cálculo para identificar as possíveis causas da divergência.

A Sabesp lembra ainda que, uma vez homologadas as tarifas no dia 8 de fevereiro conforme prevê o atual cronograma da Arsesp, a aplicação das novas tarifas deverá ocorrer a partir de 10 de março, respeitando o que está estabelecido na Lei de Saneamento.

No entanto, a Arsesp cogitou na terça-feira, durante audiência pública, que o processo seja prorrogado para dar mais tempo à agência de analisar a contribuição da concessionária entregue ontem, no último dia da consulta pública.

Neste ano, a Sabesp passará por dois reajustes. O primeiro deles ocorrerá após o fim da consulta pública que definirá qual a tarifa preliminar para a concessionária.

O segundo está previsto para setembro, quando será concluída a revisão de todos os parâmetros para a composição da nova base de cálculo em estudo. Já em 2014, a previsão é de que os ajustes voltem a acontecer apenas uma vez por ano, como aconteceu nos últimos anos, sempre nos meses de setembro.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEstatais brasileirasEmpresas estataisServiçosSabespÁguaSaneamentoTarifasTaxas

Mais de Economia

Por que as fusões entre empresas são difíceis no setor aéreo? CEO responde

Petrobras inicia entregas de SAF com produção inédita no Brasil

Qual poltrona do avião dá mais lucro para a companhia aérea?

Balança comercial tem superávit de US$ 5,8 bi em novembro