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S&P está mais preocupada com o Brasil do que com China

O chefe economista da agência citou o "caso extremamente grave" do Brasil, país afundado em uma forte recessão

Crise: "Cai tudo de uma vez sobre este país: está penalizado pelo endurecimento monetário nos EUA (...), pela China, pelas matérias primas" (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2016 às 13h34.

A agência de classificação financeira Standard and Poor's (S&P) se declarou nesta quarta-feira menos preocupada pela China que pela situação alarmante dos países emergentes, entre eles o caso "extremamente grave" do Brasil.

"Estamos muito mais preocupados com as perspectivas dos países emergentes, fora a China, e em particular pelos países produtores de matérias primas", do que com a desaceleração econômica do gigante asiático, admitiu Jean-Michel Six, chefe economista da agência para a Europa, Oriente Médio e África, em uma coletiva de imprensa.

Six citou o "caso extremamente grave" do Brasil, país afundado em uma forte recessão.

"Cai tudo de uma vez sobre este país: está penalizado pelo endurecimento monetário nos Estados Unidos (...), pela China, pelas matérias primas e por uma política econômica e sobretudo por uma governança econômica que tem suas fragilidades", afirmou.

O diretor destacou os grandes riscos da queda dos preços do petróleo para "as perspectivas de crescimento (...) nos países emergentes", produtores e fortemente dependentes das cotações das matérias primas e do petróleo.

Com um petróleo afundado a cerca de 30 dólares o barril, "estamos em uma zona de incerteza e de debilidade que é alarmante" para estes países, acrescentou.

Já a desaceleração da economia chinesa, que gerou turbulências nas bolsas, não gera a mesma preocupação na direção da S&P.

É preciso "relativizar a magnitude" desta desaceleração, que pode ser bem-vinda, disse Six, que citou exemplos de outros países, como o Japão, que vivenciaram - como acontece agora com a China - uma transição em seu modelo econômico "do investimento ao consumo".

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"Estamos muito mais preocupados com as perspectivas dos países emergentes, fora a China, e em particular pelos países produtores de matérias primas", do que com a desaceleração econômica do gigante asiático, admitiu Jean-Michel Six, chefe economista da agência para a Europa, Oriente Médio e África, em uma coletiva de imprensa.

Six citou o "caso extremamente grave" do Brasil, país afundado em uma forte recessão.

"Cai tudo de uma vez sobre este país: está penalizado pelo endurecimento monetário nos Estados Unidos (...), pela China, pelas matérias primas e por uma política econômica e sobretudo por uma governança econômica que tem suas fragilidades", afirmou.

O diretor destacou os grandes riscos da queda dos preços do petróleo para "as perspectivas de crescimento (...) nos países emergentes", produtores e fortemente dependentes das cotações das matérias primas e do petróleo.

Com um petróleo afundado a cerca de 30 dólares o barril, "estamos em uma zona de incerteza e de debilidade que é alarmante" para estes países, acrescentou.

Já a desaceleração da economia chinesa, que gerou turbulências nas bolsas, não gera a mesma preocupação na direção da S&P.

É preciso "relativizar a magnitude" desta desaceleração, que pode ser bem-vinda, disse Six, que citou exemplos de outros países, como o Japão, que vivenciaram - como acontece agora com a China - uma transição em seu modelo econômico "do investimento ao consumo".

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