Economia

Rússia se prepara para produzir mais petróleo, diz executivo

A Rússia já é o maior produtor de petróleo do mundo, e mantém uma produção próxima dos picos registrados na era pós-União Soviética


	Petróleo: a Rússia já é o maior produtor de petróleo do mundo, e mantém uma produção próxima dos picos registrados na era pós-União Soviética
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Petróleo: a Rússia já é o maior produtor de petróleo do mundo, e mantém uma produção próxima dos picos registrados na era pós-União Soviética (thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2015 às 13h44.

Vladivostok - A Rússia pode aumentar a produção de petróleo em um terço, para mais de 14 milhões de barris por dia (bpd) nas próximas duas décadas, disse o mais poderoso executivo do setor no país, enquanto Moscou mira mercados asiáticos em expansão.

A Rússia já é o maior produtor de petróleo do mundo, e mantém uma produção próxima dos picos registrados na era pós-União Soviética, de 10,7 milhões de bpd, graças à desvalorização do rublo, que compensa o impacto dos baixos preços do petróleo, ao baratear os custos de produção.

O aumento proposto para a produção de petróleo na Rússia sinaliza que Moscou não deve agir para dar sustentação aos preços em queda, uma posição similar à da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), em um movimento para defender fatia de mercado.

"Nossa posição é de que a produção anual de petróleo da Rússia pode no futuro alcançar 700 milhões de toneladas (14 milhões de bpd) e ainda crescer", disse o principal executivo da maior produtora de petróleo do mundo listada em bolsa, a Rosneft, Igor Sechin, durante um fórum.

A Rússia planeja ao menos dobrar os fluxos de petróleo e gás para a Ásia nos próximos 20 anos, enviando ao menos um terço de seu petróleo e gás para a região.

Essa é uma mudança em relação às rotas tradicionais para o oeste, que remontam aos tempos soviéticos, quando a Europa era o único mercado capaz de absorver a oferta russa de combustíveis.

Sechin disse que a Rússia pode aumentar as exportações de gás para a China para 300 bilhões de metros cúbicos por ano, ante 0,2 bilhões enviados o ano passado, segundo dados da BP.

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