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RJ e BNDES fazem acordo sobre Cedae e abrem caminho para concessão

Após o acordo, ainda será preciso vencer etapas como aprovação pelo conselho da Cedae, aprovação da Câmara Metropolitana de Municípios e outros

Cedae: A outorga fixa pela concessão da companhia, que atende mais de 60 cidades, foi mantida em 10,6 bilhões de reais. Cerca de 50 municípios aderiram ao modelo. (Tomaz Silva/Agência Brasil)
CA

Carla Aranha

Publicado em 4 de dezembro de 2020 às 13h35.

Última atualização em 4 de dezembro de 2020 às 15h44.

O BNDES e o governo do Estado do Rio de Janeiro chegaram nesta sexta-feira, 4, a um acordo sobre o valor do preço mínimo do metro cúbico de água da Cedae a ser ofertado aos investidores interessados no processão de concessão da companhia.

Depois de longas negociações, ficou definido que o preço mínimo será de 1,7 real por metro cúbico de água. O valor de outorga deverá ser de 10,6 bilhões de reais, como desejava o governo do Rio de Janeiro.

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Cerca de 60% do valor de outorga será direcionado a obras de infraestrutura, segundo o BNDES, que fez a modelagem econômica da concessão.

“Hoje, 1 milhão de pessoas no Rio de Janeiro acabam não sendo assistidas pelo saneamento básico”, diz Fábio Abrahão, diretor de infraestrutura do BNDES. “Os novos investimentos também deverão fazer com que o esgoto pare de ser direcionado à Baía de Guanabara, o que consiste em um projeto ambiental de impacto “.

A concessão deverá gerar cerca de 31 bilhões de reais em investimentos. A expectativa é que grupos estrangeiros participem do leilão.

Após o acordo, ainda será preciso vencer etapas como aprovação pelo conselho da Cedae, aprovação da Câmara Metropolitana de Municípios e outros. A outorga fixa pela concessão da companhia, que atende mais de 60 cidades, foi mantida. Cerca de 50 municípios aderiram ao modelo.

No início do ano, a Cedae apresentou problemas na qualidade da água (cheiro, cor e gosto). Agora, mais de um milhão de pessoas enfrentam desabastecimento por conta de uma problema mecânico em uma elevatória da companhia. O abastecimento só deve ser normalizado perto do Natal.

( Com Reuters )

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