Economia

Risco-Brasil volta a se aproximar de mínimas em mais de nove anos

O Credit Default Swap (CDS) de cinco anos caía a 97,04 pontos-base nesta tarde, ante 97,34 pontos-base da véspera

Brasil: esta foi a segunda leitura mais baixa desde novembro de 2010 (Ingo Roesler/Getty Images)

Brasil: esta foi a segunda leitura mais baixa desde novembro de 2010 (Ingo Roesler/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 9 de janeiro de 2020 às 19h33.

São Paulo —- Uma medida do risco-Brasil voltava a se aproximar nesta quinta-feira de uma mínima em mais de nove anos, numa sessão calma nos mercados financeiros globais diante da leitura de desescalada na crise entre Estados Unidos e Irã.

O Credit Default Swap (CDS) de cinco anos caía a 97,04 pontos-base nesta tarde, ante 97,34 pontos-base da véspera.

É a segunda leitura mais baixa desde novembro de 2010. A menor ocorreu em 17 de dezembro do ano passado (96,8 pontos-base).

Em 8 de novembro de 2010, o CDS fechou a 96,59 pontos-base.

No acumulado de 2020, essa medida de risco cai 2,07 pontos-base (ou 2,1%), depois de ter caído quase 52% em 2019, ajudado pelo otimismo com a agenda de reformas no Brasil e pela melhora no sentimento global depois de EUA e China alcançarem a fase 1 de um acordo comercial.

O CDS se mantinha em baixa no começo de 2020 a despeito da queda do Ibovespa e da alta do dólar, que têm refletido episódios de instabilidade nos mercados internacionais após aumento inicial de tensões entre EUA e Irã.

O CDS é um derivativo negociado nos mercados de balcão utilizado como hedge para posições em ativos financeiros e também para investimento. Trata-se de um contrato entre duas partes --geralmente entre investidores institucionais e dealers-- e oferece uma medida de risco para dívida corporativa ou soberana.

O prêmio de risco de outros países emergentes também caía neste ano. O do México recuava 2,9%, o da Turquia perdia 0,4%, enquanto o da África do Sul tinha queda de 2,7%.

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