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Rio adia para dezembro definição do orçamento olímpico

Prefeitura não teria como apresentar uma cifra confiável pois alguns projetos ainda não atingiram "um nível de maturidade" adequado

Seleção brasileira de vôlei durante partida nos Jogos Olímpicos de Londres: orçamento para a disputa no Brasil só será conhecido em dezembro (Divulgação/COI/Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2013 às 18h59.

Rio - O prefeito do Rio, Eduardo Paes, e a Empresa Olímpica Municipal (EOM) demoraram mais de duas horas, em uma longa apresentação nesta sexta-feira sobre o andamento da preparação da cidade para os Jogos Olímpicos de 2016 , para, por fim, informarem: o custo final do sonho carioca em sediar a Olimpíada só será conhecido em dezembro. Depois de o presidente do Comitê Organizador do Rio/2016, Carlos Arthur Nuzman, ter prometido o anúncio para meados de 2013, a divulgação do orçamento foi novamente adiada.

Nuzman e o Comitê Organizador têm sido cobrados insistentemente sobre o tema, mas o mistério continua. Ao ser convocada a entrevista coletiva desta sexta-feira, para divulgação do último balanço da preparação, havia a expectativa de que o número finalmente fosse tornado público. Mas ainda não foi dessa vez.

A presidente da EOM, Maria Sílvia Bastos, alegou que a prefeitura ainda não tem como apresentar uma cifra confiável pois alguns projetos ainda não atingiram "um nível de maturidade" adequado, como o centro de tênis, o parque aquático, a quadra de handebol e o velódromo, todos no Parque Olímpico da Barra. Para esses, ainda é preciso fazer projetos e a licitação para obras, por exemplo.

Pressionada para dar o orçamento, Maria Sílvia Bastos alegou que também falta a consolidação dos investimentos que os governos federal e estadual farão na cidade, no que diz respeito aos Jogos de 2016.

O diretor-geral de operações do Comitê Organizador, Leonardo Gryner, chegou a dizer que estima que o órgão que ele representa terá prejuízo de US$ 700 milhões, em valores de 2008, com os custos com a Olimpíada. Na hora, foi interrompido por Eduardo Paes. "Esse número está mal colocado, não deveria ter sido apresentado", interveio o prefeito. "Estamos fazendo um grande esforço para evitar esse gasto. Estamos cobrando o Comitê Organizador para que termine (o evento) zerado."

Eduardo Paes e Maria Sílvia Bastos destacaram a transparência da preparação do Rio e ressaltaram que os balanços são apresentados regularmente desde 2010, mas que dificuldades inesperadas evitaram o fechamento do orçamento final dos Jogos de 2016.

Uma dessas dificuldades é Deodoro. A área da zona norte da cidade estava sob responsabilidade do governo estadual, mas Sérgio Cabral, governador do Rio, apelou a Eduardo Paes para que o município assumisse a preparação da região, o que atrasou ainda mais a conclusão dos custos olímpicos.

"O prefeito chegou para mim e disse: 'Toma esse presentinho (Deodoro)'. Estamos preocupados, sim, mas temos competência e a certeza de que tudo estará pronto no prazo", contou a presidente da EOM.

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Rio - O prefeito do Rio, Eduardo Paes, e a Empresa Olímpica Municipal (EOM) demoraram mais de duas horas, em uma longa apresentação nesta sexta-feira sobre o andamento da preparação da cidade para os Jogos Olímpicos de 2016 , para, por fim, informarem: o custo final do sonho carioca em sediar a Olimpíada só será conhecido em dezembro. Depois de o presidente do Comitê Organizador do Rio/2016, Carlos Arthur Nuzman, ter prometido o anúncio para meados de 2013, a divulgação do orçamento foi novamente adiada.

Nuzman e o Comitê Organizador têm sido cobrados insistentemente sobre o tema, mas o mistério continua. Ao ser convocada a entrevista coletiva desta sexta-feira, para divulgação do último balanço da preparação, havia a expectativa de que o número finalmente fosse tornado público. Mas ainda não foi dessa vez.

A presidente da EOM, Maria Sílvia Bastos, alegou que a prefeitura ainda não tem como apresentar uma cifra confiável pois alguns projetos ainda não atingiram "um nível de maturidade" adequado, como o centro de tênis, o parque aquático, a quadra de handebol e o velódromo, todos no Parque Olímpico da Barra. Para esses, ainda é preciso fazer projetos e a licitação para obras, por exemplo.

Pressionada para dar o orçamento, Maria Sílvia Bastos alegou que também falta a consolidação dos investimentos que os governos federal e estadual farão na cidade, no que diz respeito aos Jogos de 2016.

O diretor-geral de operações do Comitê Organizador, Leonardo Gryner, chegou a dizer que estima que o órgão que ele representa terá prejuízo de US$ 700 milhões, em valores de 2008, com os custos com a Olimpíada. Na hora, foi interrompido por Eduardo Paes. "Esse número está mal colocado, não deveria ter sido apresentado", interveio o prefeito. "Estamos fazendo um grande esforço para evitar esse gasto. Estamos cobrando o Comitê Organizador para que termine (o evento) zerado."

Eduardo Paes e Maria Sílvia Bastos destacaram a transparência da preparação do Rio e ressaltaram que os balanços são apresentados regularmente desde 2010, mas que dificuldades inesperadas evitaram o fechamento do orçamento final dos Jogos de 2016.

Uma dessas dificuldades é Deodoro. A área da zona norte da cidade estava sob responsabilidade do governo estadual, mas Sérgio Cabral, governador do Rio, apelou a Eduardo Paes para que o município assumisse a preparação da região, o que atrasou ainda mais a conclusão dos custos olímpicos.

"O prefeito chegou para mim e disse: 'Toma esse presentinho (Deodoro)'. Estamos preocupados, sim, mas temos competência e a certeza de que tudo estará pronto no prazo", contou a presidente da EOM.

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