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Revolut quer aumentar em 5 vezes base de clientes no Brasil, afirma CEO

Segundo Glauber Mota, 61% dos brasileiros ainda usam dinheiro em espécie nas viagens internacionais

Glauber Mota, CEO da fintech britânica Revolut no Brasil: no mundo, são mais de 35 milhões de clientes em 40 países foto: Leandro Fonseca data: 28/03/2022 (Leandro Fonseca/Exame)
Antonio Temóteo

Repórter especial de Macroeconomia

Publicado em 10 de fevereiro de 2024 às 08h00.

Última atualização em 10 de fevereiro de 2024 às 11h05.

De olho em uma expansão global que passa por Austrália, Brasil, Cingapura, Estados Unidos, Japão e Nova Zelândia, a fintech inglesa Revolut pretender crescer significativamente em 2024. Em entrevista exclusiva à EXAME, o CEO da Revolut no Brasil, Glauber Mota, não abre o número de clientes no país, mas anuncia uma meta ambiciosa.

“A Revolut tem como meta aumentar em cinco vezes a base de clientes da empresa no Brasil até o final de 2024”, diz.

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Com um App de serviços financeiros com conta global com acessos a 30 moedas internacionais disponível ao público desde de 2 de maio de 2023, a Revolut disputa um mercado com 40 milhões de clientes no Brasil. Desse total, 20 milhões estão nas classes A e B e outros 20 milhões são aspirantes a classe B.

A empresa já possui 35 milhões em todo o mundo e a estratégia de crescimento passa por novos mercados, com o Brasil.

Banco completo

Para abocanhar uma fatia expressiva desse segmento, Mota planeja oferecer aos usuários o serviço completo de uma instituição financeira tradicional, com cartão de crédito, conta, investimentos e outros produtos. O prazo para isso não está definido, mas os planos podem ser acelerados com o crescimento da base de clientes e a demanda.

“Eu achava que a demanda para o uso dos nosso serviços seria sazonal, concentrada em períodos de férias de julho e dezembro. Entretanto, as pessoas têm aproveitado para transacionar e deixar o dinheiro guardado como uma fonte de reserva”, diz.

61% dos brasileiros ainda viajam com dinheiro

Mota também conta que brasileiros que mantêm os filhos no exterior têm aproveitado os serviços para fazer transferências internacionais. Segundo ele, mesmo com o surgimento de contas globais 61% dos viajantes para o exterior ainda usam dinheiro em espécie nas viagens.

“A demanda por se posicionar em moeda forte e ter peso no exterior é crescente. Por muitos anos, a oferta de serviços para isso era limitada. A chegada de neobanks como a Revolut mostrou que é possível fazer uma oferta mais acessível. Isso, de certa forma, obrigou os incumbistes a criar soluções parecidas”, afirma.

Segundo ele, além da presença no Brasil, a empresa lançou um produto de cripto e transferências internacionais no Chile, como foco da expansão e olhando para o mercado.Mas o caminho natural é se tornar um banco no Brasil.

“A Revolut tem sempre como objetivo ser um banco global, com serviços locais. Posso me tornar um banco no Brasil antes de ser bancos em outros países na América Latina”, diz.

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