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Republicanos apresentam plano para evitar default dos EUA

Parlamentares podem encerrar o impasse que vem abalando os mercados financeiros e pondo em xeque a futura capacidade do país de solver seus débitos

Funcionário público federal dispensado participa de manifestação para exigir que o Congresso resolva o impasse sobre a paralisação do governo (Jonathan Ernst/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2013 às 16h11.

Washington - Os republicanos na Câmara dos Deputados apresentaram nesta quinta-feira um plano que evitaria um iminente default dos Estados Unidos , em um sinal de que os parlamentares podem encerrar o impasse que vem abalando os mercados financeiros e pondo em xeque a futura capacidade do país de solver seus débitos.

Antes de uma reunião com o presidente dos EUA, Barack Obama, não estava claro se os republicanos estariam dispostos a pôr fim à paralisação iniciada em 1o de outubro sem concessões de Obama que minariam sua lei de reforma da saúde, fato que precipitou a crise.

Ainda assim, a oferta para elevar o teto do endividamento do governo é uma mudança significativa dos republicanos, que esperavam obter concessões em gastos do governo e na questão da saúde. Ao ampliar o poder do governo de tomar empréstimos até possivelmente meados ou fim de novembro, o partido eliminará a ameaça de curto prazo de um calote que afetaria a todos, de aposentados a detentores de títulos públicos.

"É tempo para essas negociações e essas conversações começarem", disse o presidente da Câmara dos Deputados, John Boehner, a repórteres, depois de apresentar o plano a seus colegas do Partido Republicano.

Obama já declarou que está disposto a considerar um aumento do teto do endividamento por curto prazo, desde que não seja vinculado a outras concessões. Segundo um funcionário da Casa Branca, Obama irá analisar a proposta. Mas a Casa Branca insistiu que os republicanos também têm de concordar em encerrar a paralisação iniciada em 1o de outubro.


Muitos na base republicana também pareceram céticos quanto a um acordo quando Boehner apresentou o plano em um encontro a portas fechadas, na manhã desta quinta-feira, segundo assessores. O controle de Boehner sobre sua bancada tem sido tênue este ano e muitos dos deputados mais conservadores na Câmara o desafiaram repetidamente em outras votações cruciais.

Apesar disso, os investidores pareceram ter se animado com o desdobramento. As ações dos EUA subiram fortemente, tendo os principais índices alcançado uma alta de mais de 1 por cento.

O Departamento do Tesouro diz que não terá condições de pagar suas contas se o Congresso não elevar o atual teto de endividamento, de 16,7 trilhões de dólares, até 17 de outubro.

Os republicanos alegam que se a questão não for resolvida até essa data o governo Obama poderia arcar com o compromisso de pagamento de títulos às custas de outras obrigações. No entanto, o secretário do Tesouro, Jack Lew, afirmou que isso não é possível.

"Seria o caos", disse ele ao Comitê de Finanças do Senado.

O plano dos republicanos iria prorrogar essa data limite estimada pelo Tesouro por seis semanas, o que lhes daria mais tempo para conseguir cortes de despesas, a revogação de um imposto na área médica e outras medidas que dizem ser necessárias para manter a dívida nacional num nível administrável.

Os democratas querem um aumento do teto do endividamento que amplie por mais de um ano o poder do governo de tomar empréstimos.

A Câmara poderia votar as medidas ainda na tarde desta quinta-feira, embora o horário seguisse indefinido.

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Washington - Os republicanos na Câmara dos Deputados apresentaram nesta quinta-feira um plano que evitaria um iminente default dos Estados Unidos , em um sinal de que os parlamentares podem encerrar o impasse que vem abalando os mercados financeiros e pondo em xeque a futura capacidade do país de solver seus débitos.

Antes de uma reunião com o presidente dos EUA, Barack Obama, não estava claro se os republicanos estariam dispostos a pôr fim à paralisação iniciada em 1o de outubro sem concessões de Obama que minariam sua lei de reforma da saúde, fato que precipitou a crise.

Ainda assim, a oferta para elevar o teto do endividamento do governo é uma mudança significativa dos republicanos, que esperavam obter concessões em gastos do governo e na questão da saúde. Ao ampliar o poder do governo de tomar empréstimos até possivelmente meados ou fim de novembro, o partido eliminará a ameaça de curto prazo de um calote que afetaria a todos, de aposentados a detentores de títulos públicos.

"É tempo para essas negociações e essas conversações começarem", disse o presidente da Câmara dos Deputados, John Boehner, a repórteres, depois de apresentar o plano a seus colegas do Partido Republicano.

Obama já declarou que está disposto a considerar um aumento do teto do endividamento por curto prazo, desde que não seja vinculado a outras concessões. Segundo um funcionário da Casa Branca, Obama irá analisar a proposta. Mas a Casa Branca insistiu que os republicanos também têm de concordar em encerrar a paralisação iniciada em 1o de outubro.


Muitos na base republicana também pareceram céticos quanto a um acordo quando Boehner apresentou o plano em um encontro a portas fechadas, na manhã desta quinta-feira, segundo assessores. O controle de Boehner sobre sua bancada tem sido tênue este ano e muitos dos deputados mais conservadores na Câmara o desafiaram repetidamente em outras votações cruciais.

Apesar disso, os investidores pareceram ter se animado com o desdobramento. As ações dos EUA subiram fortemente, tendo os principais índices alcançado uma alta de mais de 1 por cento.

O Departamento do Tesouro diz que não terá condições de pagar suas contas se o Congresso não elevar o atual teto de endividamento, de 16,7 trilhões de dólares, até 17 de outubro.

Os republicanos alegam que se a questão não for resolvida até essa data o governo Obama poderia arcar com o compromisso de pagamento de títulos às custas de outras obrigações. No entanto, o secretário do Tesouro, Jack Lew, afirmou que isso não é possível.

"Seria o caos", disse ele ao Comitê de Finanças do Senado.

O plano dos republicanos iria prorrogar essa data limite estimada pelo Tesouro por seis semanas, o que lhes daria mais tempo para conseguir cortes de despesas, a revogação de um imposto na área médica e outras medidas que dizem ser necessárias para manter a dívida nacional num nível administrável.

Os democratas querem um aumento do teto do endividamento que amplie por mais de um ano o poder do governo de tomar empréstimos.

A Câmara poderia votar as medidas ainda na tarde desta quinta-feira, embora o horário seguisse indefinido.

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