Economia

Representações diplomáticas do Brasil vão parar 48 horas

Os funcionários dos consulados do Brasil em Nova York e de outras representações diplomáticas nos Estados Unido decidiram fazer uma greve


	Consulado dos Estados Unidos em São Paulo: a principal reivindicação dos funcionários é aumento de salários, que estão sem reajustes entre três e oito anos
 (ARQUIVO/VEJA SP)

Consulado dos Estados Unidos em São Paulo: a principal reivindicação dos funcionários é aumento de salários, que estão sem reajustes entre três e oito anos (ARQUIVO/VEJA SP)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2014 às 11h26.

Nova York - Os funcionários dos consulados do Brasil em Nova York e de outras representações diplomáticas nos Estados Unidos, como Houston, Atlanta, Los Angeles, São Francisco, no Canadá e na Europa decidiram fazer uma greve de 48 horas a partir de amanhã, 13, de acordo com um comunicado da Associação dos Funcionários Locais do Ministério das Relações Exterior no Mundo (Aflex).

A greve deve ocorrer em 17 representações diplomáticas brasileiras no exterior e também terá protestos de funcionários, de acordo com a Aflex.

Na Europa, a paralisação está marcada em cidades como Bruxelas, Paris, Milão e Genebra.

A principal reivindicação dos funcionários é aumento de salários, que estão sem reajustes, dependendo do caso, entre três e oito anos. Os funcionários do consulado brasileiro de Nova York estão há cinco anos sem aumento de salário e sem reajuste anual do custo de vida.

A paralisação dos funcionários, destaca o comunicado enviado nesta segunda-feira, vai afetar a emissão de vistos e outros serviços a brasileiros e estrangeiros em um momento que o Brasil se prepara para receber os turista para a Copa do Mundo.

Além disso, afeta vistos de negócios. Só o consulado brasileiro de Nova York atende a uma media de 350 a 400 pessoas por dia. No ano de 2013, emitiu 82 mil vistos brasileiros para estrangeiros e mais 14 mil passaportes brasileiros.

Além do reajuste de salários, os funcionários das representações diplomáticas reclamam que estão em um "limbo jurídico" com relação às leis trabalhistas que já dura anos e só se agrava.

Segundo o comunicado, eles não são regidos pela CLT, mas sim pelas normas do país onde servem. Mas os EUA, por exemplo, não reconhecem essa legislação e afirmam que os funcionários são de responsabilidade do governo brasileiro.

Acompanhe tudo sobre:DiplomaciaEstados Unidos (EUA)GrevesPaíses ricos

Mais de Economia

Lula diz que a fome 'existe por decisão política' e quer tirar o Brasil do Mapa da fome até 2026

Taxação global de 2% sobre super-ricos arrecadaria de US$ 200 a US$ 250 bi por ano, diz Haddad

‘Problema dos gastos no Brasil não é ter os pobres no Orçamento’, diz Simone Tebet

Plano Real, 30 anos: Gustavo Loyola e as reformas necessárias para o Brasil crescer

Mais na Exame