Economia

Relatório da Opep vê parcela de mercado encolhendo

A demanda global por petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo permanecerá sob pressão, disse o grupo de produtores em um relatório interno


	Petróleo: relatório vê somente uma leve recuperação ao longo dos próximos anos no preço do petróleo
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Petróleo: relatório vê somente uma leve recuperação ao longo dos próximos anos no preço do petróleo (thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2015 às 17h20.

A demanda global por petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) permanecerá sob pressão nos próximos anos, disse o grupo de produtores em um relatório interno, potencialmente alimentando um debate sobre sua estratégia de defesa da parcela de mercado em vez dos preços.

O esboço do relatório de estratégia a longo prazo da Opep, visto pela Reuters, estima que a oferta de petróleo da Opep --que tem uma meta de produção de 30 milhões de barris por dia (bpd)-- cairá levemente ante o nível de 2015 até 2019, a menos que a produção desacelere mais rapidamente que o esperado nos produtores rivais.

O relatório de 44 páginas, marcado como confidencial, inclui um anexo contendo comentários de dois membros, Irã e Argélia, sugerindo o retorno da Opep a sua antiga política de sustentação de preços a um nível desejado ajustando a oferta.

"Atingir um acordo sobre um preço justo e razoável para o petróleo nos próximos seis a doze meses" é um dos passos que o Irã recomenda que a Opep adote. "O teto de produção da Opep deve ser estabelecido por intervalos de seis a doze meses." Os ministros do petróleo da Opep vão se encontrar em 4 de dezembro para decidir se estenderão sua estratégia de permitir a queda dos preços para desacelerar a oferta de maior custo dos rivais. Desde novembro de 2014, quando o grupo adotou tal política, a produção da Opep subiu, mas os preços se aprofundaram em seu colapso, atingindo as receitas do petróleo.

O relatório vê somente uma leve recuperação ao longo dos próximos anos no preço do petróleo, que caíram mais do que a metade, para 50 dólares por barril, desde junho de 2014 por causa da ampla oferta.

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