Economia

Estatais executaram só 45% do investimento para 2019, menor taxa em 5 anos

Da dotação global de 2019 para essas 85 empresas, que somou R$ 127 bilhões, somente R$ 58 bilhões foram executados, segundo Ministério da Economia

Eletrobras: estatal registrou baixa execução de 16,1% (Ueslei Marcelino/Reuters/Reuters)

Eletrobras: estatal registrou baixa execução de 16,1% (Ueslei Marcelino/Reuters/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de janeiro de 2020 às 14h27.

Última atualização em 28 de janeiro de 2020 às 17h01.

Brasília — As estatais federais executaram 45,7% dos investimentos previstos para 2019 e a aplicação dos recursos ao longo do ano foi direcionada basicamente para a Região Sudeste, com nada de investimento no Centro-Oeste e índices bem pequenos nas outras regiões.

Os dados constam de relatório do Ministério da Economia que traz a execução do Orçamento de Investimento das estatais no ano passado.

O documento mostra que, no primeiro ano de gestão de Jair Bolsonaro, as empresas do governo deixaram de aplicar R$ 69 bilhões em obras e projetos no País.

Da dotação global de 2019 para essas empresas, que somou R$ 127,456 bilhões, somente R$ 58,291 bilhões foram executados. O Sudeste recebeu 23,4% do valor, seguido de Nordeste, com 5,5%, Sul (0,6%), Norte (0,5%) e Centro-Oeste (0,0%). Outros investimentos foram feitos na regiões caracterizadas como 'nacional' (67,8%) e 'exterior' (2,1%).

O resultado de 2019 representa o menor índice de execução dos últimos cinco anos. Em 2018, essas empresas executaram 64,5% da dotação anual autorizada; em 2017, o índice de execução foi de 59%; em 2016, 74%; e em 2015, 78,7%.

O relatório divulga o desempenho de 85 estatais, 78 do setor produtivo e 7 do setor financeiro. As estatais ligadas ao Ministério de Minas e Energia apresentaram a melhor execução dos investimentos no ano passado. A Petrobras aplicou 48,4% do total de R$ 98,8 bilhões.

A Eletrobras, no entanto, registrou uma baixa execução, de 16,1% de um orçamento também baixo, de R$ 38,9 milhões. "Alguns programas, principalmente no âmbito do setor de Petróleo e Gás, destacam-se em comparação aos demais, não apenas pelo vulto dos recursos que lhes são destinados como, também, pelo empenho das empresas", diz a portaria.

No setor financeiro, Caixa aplicou R$ 1,3 bilhão, representando 51,1% do total de R$ 2,6 bilhões. O Banco do Brasil investiu 67% do previsto para o ano - R$ 1,8 bilhão do valor global de R$ 2,7 bilhões.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) executou 35,4% de seu orçamento de R$ 66 milhões para o ano, um gasto de R$ 23,4 milhões.

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