Economia

Relator diz que pretende manter proposta sobre dívidas

A última versão do projeto prevê a troca do indexador atual das dívidas dos entes federados com a União


	Senador Luiz Henrique: preocupação de Luiz Henrique tem por objetivo acelerar a validade do projeto que visa a aliviar o caixa dos entes federados
 (Agência Brasil)

Senador Luiz Henrique: preocupação de Luiz Henrique tem por objetivo acelerar a validade do projeto que visa a aliviar o caixa dos entes federados (Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2014 às 15h03.

Brasília - O senador Luiz Henrique (PMDB-SC) afirmou nesta segunda-feira, 11, em entrevista ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que não vai, a princípio, mudar a proposta do indexador das dívidas de estados e municípios com a União.

Designado esta manhã como relator do projeto na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), ele disse que pretende rejeitar todas as emendas apresentadas à proposta como forma de agilizar a aprovação da matéria.

A preocupação de Luiz Henrique tem por objetivo acelerar a validade do projeto que visa a aliviar o caixa dos entes federados, principalmente a prefeitura de São Paulo.

Se o texto for aprovado sem alterações na CAE, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e no plenário, ele seguirá diretamente para sanção presidencial. Se tiver mudanças, o texto terá de voltar para análise da Câmara dos Deputados.

Luiz Henrique disse que pediu ao presidente da CAE, Lindbergh Farias (PT-RJ), para tentar marcar para a quarta-feira da próxima semana, dia 19, uma reunião conjunta para apreciar a matéria. No ano passado, o projeto foi votado pelas duas comissões ao mesmo tempo, tendo ele como relator.

A última versão do projeto prevê a troca do indexador atual das dívidas dos entes federados com a União, que hoje é IGP-DI mais 6% a 9% de taxa de juros ao ano, por um dos dois fatores de correção que for menor: IPCA mais 4% ou a taxa Selic - atualmente fixada em 10,5%.

A proposta também altera o indexador desde a renegociação dos contratos a partir do final da década de 90, o que dá um desconto bilionário nas dívidas.

O senador catarinense, que foi eleito esta manhã vice-presidente da CAE, disse que aceitaria modificar o teor do texto apenas se houvesse um "grande acordo" envolvendo Senado e Câmara.

Alguns parlamentares têm defendido a inclusão no projeto da convalidação dos incentivos fiscais de ICMS dados por estados e municípios, nos moldes da proposta enviada pelo governo federal no início do ano passado.

"Em princípio, vou rejeitar todas as emendas, a não ser que surja um grande acordo com a Câmara para que o projeto seja votado logo e não vá parar em uma gaveta", afirmou. O peemedebista também deve ser designado relator da CCJ, que se reúne amanhã.

Na semana passada, após apelo feito pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, aos parlamentares, o Senado desistiu de votar a matéria em plenário.

O governo está preocupado com o impacto da proposta nas contas do governo e um eventual rebaixamento da nota de risco do país por agências de risco e, por isso, pressionou os parlamentares para adiar, em pelo menos 30 dias, a apreciação da proposta.

Acompanhe tudo sobre:Dívida públicaGovernoOrçamento federalTaxas

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto