Economia

Reforma tributária de estados fica para 2015, diz secretário

Segundo secretário de Fazenda do estado de São Paulo, Andrea Calabi, por enquanto, não se sabe quem serão os governadores eleitos; por isso, seria melhor adiar


	Dinheiro: arrecadação do ICMS em SP até julho cresceu 7% em termos nominais, diz secretário
 (Getty Images)

Dinheiro: arrecadação do ICMS em SP até julho cresceu 7% em termos nominais, diz secretário (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2014 às 17h23.

Brasília - O secretário de Fazenda do estado de São Paulo, Andrea Calabi, afirmou nesta terça-feira, 05, que o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) e o Ministério da Fazenda chegaram a um consenso para deixar o projeto de reforma tributária dos estados apenas para 2015.

Segundo ele, por enquanto, não se sabe quem serão os governadores eleitos, por isso, seria melhor adiar.

Ele disse que o Confaz aprovou um acordo de convalidação, que é uma espécie de indicativo para o Congresso do que os estados esperam de uma reforma tributária.

Segundo ele, o acordo contempla uma redução de alíquotas estaduais para 4%, a criação de um fundo de recomposição e perdas e um fundo de desenvolvimento regional.

Calabi esteve reunido no Ministério da Fazenda com o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, e técnicos do órgão para um acompanhamento de contas.

"É um acompanhamento normal. No fundo, é ver se os estados vão fazer superávit primário", disse ao sair do encontro.

ICMS

O secretário estima um crescimento real de apenas 1% na arrecadação paulista de ICMS em 2014.

Após a reunião, ele informou que o resultado da arrecadação de São Paulo está apresentando um resultado "razoavelmente bom" diante do crescimento mais fraco da economia.

Segundo Calabi, a arrecadação do ICMS no estado até julho cresceu 7% em termos nominais; enquanto a previsão era de uma alta de 7,5%, nominal.

Ele disse que apesar de o resultado ter ficado abaixo da estimativa inicial, o resultado foi razoável.

O secretário afirmou que a arrecadação do ICMS está sendo prejudicada sobretudo pelo desempenho ruim da indústria.

Apesar dos números não tão positivos, Calabi assegurou que São Paulo conseguirá cumprir a meta de superávit primário prevista para este ano, de R$ 4,5 bilhões.

Esse superávit compõe o resultado das contas do setor público consolidado, nas esfera dos governos regionais.

Outros estados

De acordo com Calabi, há uma grande preocupação com a queda de arrecadação do ICMS nos estados. Ele disse que esse assunto foi discutido na última reunião do Confaz.

Segundo Calabi, três estados - que ele preferiu não nominar - apresentaram uma retração na arrecadação nominal de ICMS de 10% até julho.

Citou, ainda, que um quarto estado apresentou queda de arrecadação de 14% nesse período.

"É muito forte", disse Calabi. O secretário explicou que um terço da arrecadação do ICMS paulista vem da indústria, outro terço é do comércio e o restante de itens que formam os preços administrados (combustível, energia elétrica e transporte).

Ele explicou que, em outros estados, a arrecadação do ICMS também está caindo por causa dos itens com preços administrados, principalmente energia elétrica.

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