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Reforma é fundamental para reduzir custo de desinflação

O BC advertiu para o risco sobre a inflação de que haja a percepção de que os ajustes necessários na economia, entre eles o fiscal, foram abandonados

Inflação: o alerta do BC ocorre no momento em que cresce a desconfiança com o ajuste fiscal implementado pelo governo (REUTERS/Nacho Doce)
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Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2016 às 10h57.

Brasília - Num alerta para o governo, o Banco Central advertiu para o risco sobre a inflação de que haja a percepção de que os ajustes necessários na economia, entre eles o fiscal, foram abandonados ou postergados significativamente.

Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária ( Copom ), divulgada nessa manhã, o BC previu que, na hipótese desse cenário, o processo desinflacionário tenderia a ser mais lento, "aumentando os custos de levar a inflação para a meta".

"Por outro lado, os ajustes necessários na economia podem ser aprovados e implementados de forma mais célere, permitindo ganhos de confiança e queda das expectativas de inflação", destacou a ata.

Nesse caso, a redução de incertezas potencializaria os efeitos do ajuste monetário em curso para o BC.

O alerta do BC ocorre no momento em que cresce a desconfiança com o ajuste fiscal implementado pelo governo.

Segundo a ata, todos os membros do Copom enfatizaram que a continuidade dos esforços para aprovação e implementação dos ajustes na economia, principalmente as reformas fiscais, é fundamental para facilitar e reduzir o custo do processo de desinflação.

Divisão

O BC, no entanto, está dividido em relação à evolução do ajuste. "Não houve consenso sobre a velocidade desses ajustes, o que sugere que constituem, ao mesmo tempo, um risco e uma oportunidade", diz o BC.

Os integrantes do BC concordaram, no entanto, que as implicações do processo de ajustes na economia para a dinâmica da inflação dependem não somente dos impactos de medidas de curto prazo sobre a demanda agregada, mas também da percepção de melhora da dinâmica das contas públicas no médio e longo prazos.

Medidas

O BC reconheceu, no entanto, que o ajuste das contas públicas pode envolver medidas com impactos diretos desfavoráveis sobre a inflação.

"Esse é um risco a ser monitorado", alerta a ata. É a primeira vez que o BC alerta para os riscos de medidas que possam ser adotadas pelo Ministério da Fazenda terem impacto negativo na inflação.

A ata, no entanto, não cita quais medidas seriam essas. O Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, informou ontem que o BC está preocupado com o impacto de uma eventual elevação da Cide combustível na inflação.

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Brasília - Num alerta para o governo, o Banco Central advertiu para o risco sobre a inflação de que haja a percepção de que os ajustes necessários na economia, entre eles o fiscal, foram abandonados ou postergados significativamente.

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"Por outro lado, os ajustes necessários na economia podem ser aprovados e implementados de forma mais célere, permitindo ganhos de confiança e queda das expectativas de inflação", destacou a ata.

Nesse caso, a redução de incertezas potencializaria os efeitos do ajuste monetário em curso para o BC.

O alerta do BC ocorre no momento em que cresce a desconfiança com o ajuste fiscal implementado pelo governo.

Segundo a ata, todos os membros do Copom enfatizaram que a continuidade dos esforços para aprovação e implementação dos ajustes na economia, principalmente as reformas fiscais, é fundamental para facilitar e reduzir o custo do processo de desinflação.

Divisão

O BC, no entanto, está dividido em relação à evolução do ajuste. "Não houve consenso sobre a velocidade desses ajustes, o que sugere que constituem, ao mesmo tempo, um risco e uma oportunidade", diz o BC.

Os integrantes do BC concordaram, no entanto, que as implicações do processo de ajustes na economia para a dinâmica da inflação dependem não somente dos impactos de medidas de curto prazo sobre a demanda agregada, mas também da percepção de melhora da dinâmica das contas públicas no médio e longo prazos.

Medidas

O BC reconheceu, no entanto, que o ajuste das contas públicas pode envolver medidas com impactos diretos desfavoráveis sobre a inflação.

"Esse é um risco a ser monitorado", alerta a ata. É a primeira vez que o BC alerta para os riscos de medidas que possam ser adotadas pelo Ministério da Fazenda terem impacto negativo na inflação.

A ata, no entanto, não cita quais medidas seriam essas. O Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, informou ontem que o BC está preocupado com o impacto de uma eventual elevação da Cide combustível na inflação.

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