Economia

Refinarias terão mais paradas programadas em 2010

Rio de Janeiro - A Petrobras fará este ano mais paradas programadas do que no ano passado, informou o presidente da companhia, José Sergio Gabrielli, nesta quarta-feira. A principal delas será na maior unidade da empresa, a Refinaria de Paulínia (Replan), em São Paulo. "A grande parada é na Replan, vai parar coque e unidade […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de março de 2010 às 13h45.

Rio de Janeiro - A Petrobras fará este ano mais paradas programadas do que no ano passado, informou o presidente da companhia, José Sergio Gabrielli, nesta quarta-feira. A principal delas será na maior unidade da empresa, a Refinaria de Paulínia (Replan), em São Paulo.

"A grande parada é na Replan, vai parar coque e unidade de tratamento (de produtos)", informou Gabrielli durante teleconferência com analistas para comentar o resultado no quarto trimestre do ano passado, divulgado na noite da última sexta-feira.

Paradas programadas são comuns na indústria de petróleo e geralmente não afetam a produção, com o equilíbrio feito por outras refinarias da companhia. Em 2008, no entanto, uma parada programada em maio na Replan --que processa 365 mil barris por dia-- foi apontada pela empresa como motivo da redução da carga processada do primeiro trimestre daquele ano.

De acordo com Gabrielli, outras unidades também terão paradas para manutenção, como na Refinaria Henrique Lages (Revap), em São José dos Campos (SP), com capacidade para 251 mil barris diários.

Abastecimento em alta

O presidente de uma das maiores petrolíferas do mundo informou também que este ano o investimento na área de Abastecimento vai subir para 34 bilhões de reais, ante 17,4 bilhões de reais investidos em 2008, devido ao maior custo para melhorar a qualidade dos produtos da empresa e investimentos em transporte, um incremento de 95 por cento.

Por outro lado, os investimentos em Exploração e Produção terão alta de apenas 16 por cento de um ano para outro, atingindo 36,7 bilhões de reais.

"O investimento de 2010 (...) é muito fortemente atrelado a projetos que já estão em andamento nesse momento", explicou o executivo ao ser questionado por analistas porque a área de E&P teve pouco incremento.

"O investimento em E&P continuará importante, apesar do aumento relativo do refino", complementou.

De maneira geral, os investimentos da Petrobras vão subir 25 por cento este ano contra 2009, de 70,7 para 88,5 bilhões de reais. Para o período 2010-2014 os investimentos projetados somam de 200 a 220 bilhões de dólares, mas ainda não foram detalhados pela companhia.

Gabrielli disse que os planos de investimentos da empresa levam em conta uma percepção de que o preço do petróleo não tem perspectiva de queda.

"Não há perspectiva no horizonte de queda acentuada no preço do petróleo...não vejo também perspectiva de declínio da economia global nem aceleração da produção (de petróleo)", explicou.

Para o período 2010-2014 a faixa de preço estimado pela empresa é de 64 a 77 dólares o barril. No plano anterior, de 2009 a 2013, a banda variava entre 37 e 45 dólares o barril, para sustentar um investimento de 174,4 bilhões de dólares.

"O preço (do barril) está um pouco acima do outro plano", ressaltou Gabrielli, informando que o valor médio para o petróleo deste ano ainda está sendo avaliado pela companhia.

"O detalhamento do plano 2010 vamos terminar e divulgar para vocês (analistas), não temos como divulgar agora", disse ele após várias perguntas dos analistas sobre detalhes do investimento anunciado na sexta-feira durante a divulgação dos resultados da companhia no ano passado.

Leia mais notícias sobre a Petrobras.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEnergiaEstatais brasileirasGás e combustíveisIndústria do petróleoPetrobrasPetróleoQuímica e petroquímica

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor