O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - utilizado pelo governo como referência para meta de inflação - subiu 0,05% de julho para agosto, informa o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado evidencia uma desaceleração no aumento dos preços, já que em julho o índice teve alta de 0,19%, superior ao mês passado.

A redução, segundo o IBGE, deve-se principalmente à menor variação nos itens relacionados a transportes. O preço da gasolina, que havia subido 0,81% em julho, teve deflação de 0,40% no mês passado, enquanto o álcool, que subiu 1,04% em julho, ficou 0,80% mais barato em agosto. Os preços das passagens aéreas e de automóveis novo e usados também caíram - 1,97%, 0,60% e 0,50%, respectivamente.

O índice também registrou queda de preços nos itens TV e som (-1,23%), telefone fixo (-0,54%), artigos de limpeza (-0,30%), artigos de higiene pessoal (-0,22%), energia elétrica (-0,16%) e remédios (-0,14%).

Embora os preços de frutas e carnes continuem caindo - 7,15% e 1,52%, respectivamente -, o grupo alimentação e bebidas mantém-se estável. Nos itens não alimentícios, a inflação caiu de 0,22% em julho para 0,04% em agosto, apesar da pressão exercida pela alta de 2,26% nos salários dos empregados domésticos, reflexo do reajuste no salário mínimo.

No ano, o IPCA acumula alta de 1,78%, a metade do registrado no mesmo período do ano passado, quando o índice era de 3,59%. Nos últimos 12 meses, o IPCA apresenta inflação de 3,84%, inferior aos 3,97% contabilizados no mesmo período do ano passado e abaixo da meta de 4,5% estabelecida pelo governo.