Embalagens: por conta da demanda desaquecida no 2o tri, a Abre também revisou suas previsões de crescimento para o ano (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 29 de agosto de 2014 às 14h23.
São Paulo - A indústria de embalagem não se surpreendeu com o recuo de 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre, disse a diretora executiva da Associação Brasileira de Embalagem (Abre), Luciana Pellegrino.
Ela explicou, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que o mau desempenho do PIB já era esperado, tendo em vista o recuo de 1,9% na produção física de embalagens registrado entre abril e junho e a diminuição de 0,73% no acumulado do semestre.
A executiva observa que o indicador do setor divulgado neste mês serve como um índice precedente do desempenho da economia como um todo.
Com a atividade prejudicada pela demanda desaquecida durante o segundo trimestre, a Abre também revisou suas previsões de crescimento para ano. Em relatório divulgado em fevereiro, a associação previa expansão de 0,7% a 1,5% na produção física de embalagens de 2014. O novo estudo divulgado recentemente já traz a projeção revisada de estabilidade em relação ao volume produzido em 2013, ou recuo de até 0,7%.
Segundo estudo da Abre, a indústria de embalagem foi menos afetada do que outros setores.
Luciana explicou que isso se deve a uma exposição do setor a uma demanda mais resiliente, pois o consumo de embalagens está atrelado a bens de consumo não duráveis.
"A nossa indústria não dá grandes saltos, nem para cima, nem para baixo. A queda de 0,73% registrada no semestre é considerada moderada", afirma.
A diretora explicou que nos próximos meses a indústria da embalagem vai sentir se o mau desempenho foi uma exclusividade do segundo trimestre, devido à realização da Copa do Mundo, ou se está atrelado ao cenário macroeconômico com um todo.
"Esperamos que os próximos meses tragam sinais de aquecimento da demanda, para que a indústria possa fechar o ano estável", comentou.