Quando o assunto é bebida e direção, as mulheres dão o melhor exemplo
Rio de Janeiro Depois de dois anos de vigência da Lei Seca, um levantamento divulgado hoje (18) pelo Ministério da Saúde mostra que o percentual de homens que declaram dirigir depois de beber é maior do que o de mulheres. Antes da Lei Seca, 4,1% dos homens admitiam dirigir depois de consumir bebidas alcoólicas. […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
Rio de Janeiro Depois de dois anos de vigência da Lei Seca, um levantamento divulgado hoje (18) pelo Ministério da Saúde mostra que o percentual de homens que declaram dirigir depois de beber é maior do que o de mulheres. Antes da Lei Seca, 4,1% dos homens admitiam dirigir depois de consumir bebidas alcoólicas. Esse percentual caiu para 2,8% logo após a vigência da lei, em junho 2008, mas no ano passado voltou a subir, atingindo 3,3%. Entre as mulheres, manteve-se estável nos últimos três anos, variando entre 0,2% e 0,3%.
Para sensibilizar os motoristas sobre os riscos de acidentes, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, pediu a ajuda das mulheres para convencer os homens a não misturar bebida e direção. É importante a participação das mulheres, cobrando de seus amigos, namorados, parentes, maridos, filhos, netos, sobrinhos. É preciso chamar a turma: Você bebeu? Então não dirija!, disse o ministro ao anunciar os resultados do levantamento, no Rio de Janeiro.
A pesquisa feita pelo Ministério da Saúde, por telefone, com 54 mil pessoas, confirma que o número de motoristas que dirigem após consumir bebidas alcoólicas, de maneira geral, caiu depois da Lei Seca. Em 2009, o percentual de motoristas com esse comportamento (entre homens e mulheres) era de 1,7%, acima do índice de 1,4% registrado em 2008, mas abaixo do índice identificado em 2007, de 2,1%, quando ainda não havia limites estabelecidos de ingestão de álcool.
A pesquisa também mostra que os adultos costumam misturar bebida e direção mais do que os jovens. Entre os motoristas de 25 a 34 anos, o percentual é de 2,1%; e de 2% entre os motoristas de 35 a 44 anos. Entre os jovens de 18 a 24 anos, esse percentual é de 1,8%.