Economia

Proposta para arcabouço fiscal já está no Planalto, afirma Haddad

Na terça-feira, Haddad disse que esperava apresentar ainda nesta semana o projeto de novo arcabouço ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, e ao próprio presidente Lula, que precisa dar aval à proposta

New Brazilian Finance Minister Fernando Haddad speaks during a session of the World Economic Forum (WEF) annual meeting in Davos on January 17, 2023. (Photo by Fabrice COFFRINI / AFP) (Photo by FABRICE COFFRINI/AFP via Getty Images) (FABRICE COFFRINI/AFP/Getty Images)

New Brazilian Finance Minister Fernando Haddad speaks during a session of the World Economic Forum (WEF) annual meeting in Davos on January 17, 2023. (Photo by Fabrice COFFRINI / AFP) (Photo by FABRICE COFFRINI/AFP via Getty Images) (FABRICE COFFRINI/AFP/Getty Images)

Publicado em 15 de março de 2023 às 15h06.

Última atualização em 15 de março de 2023 às 16h49.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira 15, que a proposta da equipe econômica para o novo arcabouço fiscal já está no Palácio do Planalto. Ele não confirmou, no entanto, se a minuta de projeto de lei complementar já passou pelas mãos do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

"Já está no Planalto", respondeu aos jornalistas, ao retornar à sede da Pasta após acompanhar a posse do novo ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Jhonatan de Jesus.

No final da tarde, o presidente Lula respondeu a questionamentos de jornalistas e informou que ainda se reunirá com Haddad para discutir a proposta de arcabouço fiscal. O chefe do Executivo afirmou que já teve uma conversa rápida sobre o tema, mas que um novo encontro deve ocorrer até amanhã.

"Ainda vou fazer reunião com Haddad para discutir arcabouço", disse a jornalistas ao deixar o prédio do Comando da Marinha, após almoço com o almirantado do comando da Marinha . "Até amanhã vou me reunir com ele. Vou de manhã na Itaipu e na volta vou conversar com o companheiro Haddad."

Sem detalhar prazos, o presidente sinalizou que a divulgação deve ser feita antes de sua ida à China, prevista para o fim deste mês. "Quando eu ver, vou ter o maior prazer de conversar com vocês, mas ainda não vi. Tive uma primeira conversa com o Haddad e ele ficou de aprontar", disse, citando que Haddad deve acompanhá-lo na viagem.

Novo arcabouço fiscal

Na terça-feira, 14, Haddad disse que esperava apresentar ainda nesta semana o projeto de novo arcabouço ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, e ao próprio presidente Lula, que precisa dar aval à proposta.

A intenção de Haddad é tornar pública a modelagem de nova âncora fiscal antes da viagem presidencial à China, com embarque previsto para o dia 24 deste mês.

O que significa arcabouço fiscal?

Na opinião do cientista político, André César, da Hold Assessoria, o arcabouço fiscal nada mais é do que um 'rebranding' do teto de gastos. "É outro nome para o mesmo produto. O governo Lula quer se diferenciar do antigo governo até na questão semântica. Talvez tenha alguma mudança no teto, que deve subir, mas tem que ver o que vai ser mesmo porque até agora ninguém viu", diz.

O que é o teto de gastos?

Criado por emenda constitucional no fim de 2016, o teto de gastos é uma das três regras fiscais a que o governo tem de obedecer. As outras são a meta de resultado primário (déficit ou superávit), fixada na Lei de Diretrizes Orçamentárias de cada ano, e a regra de ouro, instituída pelo Artigo 167 da Constituição e que obriga o governo a pedir, em alguns casos, autorização ao Congresso para emitir títulos da dívida pública.

Considerado uma das principais âncoras fiscais do país, o teto de gastos tem como objetivo impedir o descontrole das contas públicas. A adoção desse mecanismo ganhou força após a crise na Grécia, no início da década passada.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

Acompanhe tudo sobre:Fernando Haddad

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor