Economia

Projeto que flexibiliza meta fiscal pode receber emendas

O projeto de lei que chegou nesta terça-feira, 11, ao Congresso Nacional não tem pedido de urgência para votação


	Congresso Nacional: projeto poderá receber emendas de parlamentares até o dia 24 de novembro
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Congresso Nacional: projeto poderá receber emendas de parlamentares até o dia 24 de novembro (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2014 às 15h36.

Brasília - Apesar da aparente pressa do governo em ver aprovada a mudança na Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) de 2014, que permitirá ao governo não seguir uma meta de superávit primário este ano, o projeto de lei que chegou nesta terça-feira, 11, ao Congresso Nacional não tem pedido de urgência para votação.

Isso significa que o projeto poderá receber emendas de parlamentares até o dia 24 de novembro.

Somente após esse prazo é que o relator, senador Romero Jucá (PMDB-RR), apresentará seu relatório.

Ontem, Jucá havia prometido apresentar o relatório nesta quarta-feira, 12, à Comissão Mista de Orçamento do Congresso.

No entanto, o senador foi surpreendido com a informação de que o projeto não tem pedido de urgência, o que agilizaria a tramitação da matéria.

O governo tem dado sinais contraditórios sobre a condução da política fiscal. Depois de prometer um reforço das contas públicas após o resultado das eleições, o governo abandonou a meta de superávit primário degpste ano e sinalizou que poderá reduzir a meta de economia para pagamento de juros da dívida pública em 2015.

O projeto de lei enviado ontem ao Congresso cria condições para um eventual déficit do setor público sem que a meta seja considerada descumprida pela legislação.

O governo retirou o limite que pode ser abatido da meta com gastos com obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e com a renúncia de receitas gerada pelas desonerações tributárias.

Esse desconto podia chegar a até R$ 67 bilhões pela LDO em vigor.

Se o projeto de lei for aprovado pelo Congresso, o governo poderá abater todo o valor gasto este ano com PAC e com as desonerações.

Na prática, a mudança permite que os descontos sejam maiores do que a própria meta fixada para 2014, de R$ 116 bilhões.

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