Economia

Projeções para Selic e inflação no ano que vem caem no Focus

Em março, a alta do IPCA desacelerou a 0,43%, chegando a 9,39% no acumulado em 12 meses, primeira vez que ficou no patamar de 9% desde outubro


	Banco Central: o dado continua acima do teto da meta do governo para 2016, de 4,5% com tolerância de 2 pontos percentuais
 (Ueslei Marcelino/ Reuters)

Banco Central: o dado continua acima do teto da meta do governo para 2016, de 4,5% com tolerância de 2 pontos percentuais (Ueslei Marcelino/ Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2016 às 09h12.

São Paulo - O Banco Central deve encontrar espaço para reduzir ainda mais a taxa básica de juros em 2017 em meio à expectativa de inflação mais fraca neste e no próximo ano, afetada pela contínua deterioração das perspectivas para a atividade econômica.

A pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira mostrou que a projeção para a inflação oficial em 2017 recuou a 5,95%%, após estacionar em 6% por oito semanas seguidas.

A estimativa para o IPCA neste ano também caiu pela quinta semana consecutiva, a 7,14%, 0,14 ponto percentual a menos do que no levantamento anterior.

Ainda assim, o dado continua acima do teto da meta do governo para 2016, de 4,5% com tolerância de 2 pontos percentuais.

Em março, a alta do IPCA desacelerou a 0,43%, chegando a 9,39% no acumulado em 12 meses, primeira vez que ficou no patamar de 9% desde outubro.

Nesse contexto, os economistas consultados no Focus também passaram a enxergar um corte maior na Selic ao longo do ano que vem, com a taxa básica de juros encerrando 2017 a 12,25%. No levantamento anterior, a taxa estava estimada em 12,50%.

Embora o BC venha reiterando que não trabalha com a possibilidade de cortar a taxa básica de juros apesar da forte retração econômica, o Focus mostrou que os economistas mantiveram a estimativa de que a Selic encerrará este ano a 13,75%, ante os atuais 14,25%.

Sobre a economia, a projeção para este ano seguiu piorando, mas a projeção para 2017 ficou estável.

A retração do Produto Interno Bruto em 2016 está estimada agora em 3,77%, contra queda de 3,73% prevista antes. Para 2017 é esperada uma expansão de apenas 0,30%.

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