Copom: no relatório Focus, a Selic média de 2016 seguiu em 14,19% ao ano (Adriano Machado / Reuters)
Da Redação
Publicado em 12 de setembro de 2016 às 09h38.
Brasília - Já sob influência da ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central e dos dados de inflação divulgados pelo IBGE, os economistas do mercado financeiro mantiveram no Relatório de Mercado Focus, divulgado na manhã desta segunda-feira, 12, suas previsões para a taxa básica de juros neste e no próximo ano.
A mediana das expectativas para a Selic em 2016 seguiu em 13,75% ao ano. Já a taxa básica para o fim de 2017 permaneceu em 11,00% ao ano. Há um mês, as projeções também eram de 13,75% e 11,00%, respectivamente.
Na ata do Copom divulgada na última terça-feira, dia 6, o colegiado condicionou o corte de juros a três fatores que "permitam maior confiança no alcance das metas para a inflação": a limitação do choque dos preços dos alimentos, a desinflação de itens do IPCA em velocidade adequada e a redução das incertezas sobre o ajuste fiscal.
No relatório Focus, a Selic média de 2016 seguiu em 14,19% ao ano. Para 2017, foi de 11,91% para 11,88%. Há um mês, a mediana das taxas médias projetadas para este e o próximo ano eram de 13,75% e 11,00%, nesta ordem.
Para o grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções (Top 5) de médio prazo, a taxa básica terminará 2016 em 13,75% ao ano, mesmo patamar de uma semana e um mês antes.
Para o ano que vem, as estimativas do Top 5 ficaram estáveis em 11,25% ao ano, mesmo patamar de um mês atrás.
IGP-DI
O Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira também mostrou que a mediana do IGP-DI de 2016 passou de 7,75% para 8,03% da última semana para esta.
Há um mês, estava em 7,69%. Para o ano que vem, a mediana das previsões permaneceu em 5,50%. Quatro levantamentos atrás, essa previsão para 2017 estava em 5,52%.
Os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do dólar e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.
Outro índice, o IGP-M, que é referência para o reajuste dos contratos de aluguel, passou de 8,23% para 8,19% nas projeções dos analistas para 2016.
Quatro levantamentos antes estava em 8,06%. Para 2017, as previsões foram de 5,57% para 5,55% - um mês atrás estava em 5,53%.
A mediana das previsões para o IPC-Fipe de 2016 subiu esta semana, de 7,22% para 7,24%. Um mês antes, a mediana das projeções do mercado para o IPC era de 7,51%.
Já para 2017, as expectativas para a inflação de São Paulo seguiram em 5,26%, ante 5,30% de um mês antes.