Economia

Programa de exportações vai receber aporte de R$ 200 milhões

Pelo Proex Equalização, governo garante que exportação financiada tenha taxas de juros iguais às do mercado internacional


	Exportações: outros R$ 117 milhões que estavam reservados voltarão a ficar disponíveis
 (REUTERS/Fabian Bimmer)

Exportações: outros R$ 117 milhões que estavam reservados voltarão a ficar disponíveis (REUTERS/Fabian Bimmer)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2014 às 09h20.

Brasília - A modalidade de equalização de juros pelo Programa de Financiamento às Exportações (Proex) deve receber um aporte de R$ 200 milhões no orçamento para tentar atender à demanda das empresas do setor.

Em julho, o Banco do Brasil suspendeu o recebimento de novos pedidos porque os recursos se esgotaram. O Ministério da Fazenda minimizou o fato, informando que seria uma "parada técnica" para analisar se todas as operações aprovadas pelo banco seriam realmente concretizadas.

O Proex apoia projetos de exportação que muitas vezes não se realizam. Nesses casos, os recursos voltam ao orçamento do programa para acomodar outras demandas.

Pelo Proex Equalização, o governo garante que a exportação financiada pelas instituições financeiras no país e no exterior tenham taxas de juros iguais às do mercado internacional. O programa assume parte dos encargos financeiros e pode ser solicitado por qualquer empresa.

As empresas também têm recebido a informação do governo de que, após o balanço feito pelo Banco do Brasil, outros R$ 117 milhões voltarão a ficar disponíveis porque estavam reservados para projetos de exportação que não serão efetivados.

Esse dinheiro se somará à suplementação orçamentária que será feita pelo Tesouro. O valor de R$ 200 milhões é o máximo de aporte que o governo pode fazer por decreto, sem a necessidade de enviar um projeto ao Congresso alterando a lei orçamentária.

Como o Proex Equalização recebeu este ano um orçamento de R$ 1 bilhão, o governo fará um novo aporte dentro do limite permitido por lei, que é de no máximo 20%. Se forem necessários novos recursos até o final do ano, o governo precisará da aprovação dos parlamentares.

Historicamente, a modalidade equalização não tem necessitado de aportes adicionais. Nos últimos anos, a necessidade de ampliação dos recursos tem sido no Proex Financiamento, responsável por financiar exportações em operações de pré ou pós-embarque. Procurado, o Banco do Brasil não quis comentar os problemas enfrentados no programa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:BancosBB – Banco do BrasilComércio exteriorEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasExportaçõesFinanciamento de grandes empresas

Mais de Economia

Governo sobe previsão de déficit de 2024 para R$ 28,8 bi, com gastos de INSS e BPC acima do previsto

Lula afirma ter interesse em conversar com China sobre projeto Novas Rotas da Seda

Lula diz que ainda vai decidir nome de sucessor de Campos Neto para o BC

Mais na Exame