Economia

Produção industrial no Brasil fica estagnada em agosto

Na comparação com agosto de 2012, a produção diminuiu 1,2%, segundo o IBGE


	Indústria brasileira: expectativa era de que a produção industrial subisse 0,15% em agosto ante julho
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Indústria brasileira: expectativa era de que a produção industrial subisse 0,15% em agosto ante julho (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2013 às 09h56.

São Paulo - A produção industrial ficou estagnada em agosto frente a julho, marcando o segundo mês sem crescimento, afetada sobretudo pelo segmento de bens de consumo, apesar do bom desempenho dos bens de capital.

Sobre um ano antes, a produção teve queda de 1,2 por cento em agosto, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira.

De acordo com pesquisa da Reuters junto a 22 analistas, a expectativa era de que a produção industrial subisse 0,15 por cento em agosto ante julho e recuasse 0,75 por cento sobre o mesmo mês de 2012.

O cenário para a indústria brasileira é pior ainda porque o IBGE também revisou para baixo o desempenho de julho, cuja queda mensal passou a 2,4 por cento, ante 2 por cento.

Em agosto, a categoria Bens de Consumo registrou queda de 0,6 por cento sobre julho, com recuo anual de 2,8 por cento. Por outro lado, a categoria Bens de Capital, medida de investimentos, apresentou alta mensal de 2,6 por cento e anual, de 11,8 por cento em agosto.

Já a categoria Bens Intermediários teve expansão mensal de 0,6 por cento e queda anual de 2 por cento, respectivamente.

Pelos ramos de atividade, 15 dos 27 pesquisados apresentaram alta mensal, com destaque para veículos automotores (1,7) e alimentos (2,5 por cento).

Entre as atividades que reduziram a produção, o IBGE destacou a indústria farmacêutica, que recuou 5,6 por cento em agosto,citando ainda bebidas (-3,1 por cento) e outros equipamentos de transporte (-3,7 por cento).

A atividade industrial brasileira tem registrado comportamento errático ao longo deste ano.

Um dos principais abalos é a falta de confiança entre os vários setores da economia. Em agosto a confiança da indústria apurada pela Fundação Getulio Vargas renovou o menor nível desde julho de 2009, ao recuar 0,6 por cento.

Atualizado às 9h56

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