Economia

Produção industrial diminui ritmo de crescimento em abril

Pesquisa do IBGE mostra que as indústrias brasileiras não aceleraram o ritmo no mês na comparação com março; resultado do mês fez a expansão acumulada nos últimos doze meses perder fôlego

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h44.

A indústria brasileira conteve o ritmo com que vinha se expandindo e desacelerou as máquinas em abril. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (6/6), a produção no país ficou estagnada no quarto mês do ano em relação a março, e registrou queda de 1,9% em relação a abril do ano passado. Com isso, a indústria, que havia acumulado crescimento de 3,3% nos últimos doze meses até março, viu a expansão perder fôlego e cair a uma alta de 2,6% no mesmo indicador em abril.

Segundo a pesquisa do IBGE, o resultado no ano ainda é positivo, com um incremento de 2,9% na produção na comparação com o desempenho nos quatro primeiros meses de 2005. No entanto, o mês de abril prejudicou os resultados de 2006 ao registrar a primeira queda, na comparação com o mesmo período do ano anterior, depois de seis meses consecutivos de crescimento. Até março, a alta acumulada no ano era de 4,6%.

A culpa do índice negativo, para o IBGE, está na diferença no número de dias úteis dos períodos de comparação - 18 em abril de 2006 e 20 em abril de 2005. "A queda de 1,9% em abril 06/abril 05 deve ser relativizada, uma vez que há uma diferença de número de dias trabalhados; para essa mesma comparação, a série ajustada sazonalmente apontou crescimento de 2,5%", declarou, em nota. No entanto, 19 dos 27 ramos pesquisados reduziram o volume de artigos produzidos no mês, como o setor de alimentos, que cortou em 6,9% a produção. "Essa queda foi influenciada não só pela redução do consumo de carne de frango no mercado internacional, em função da gripe aviária, mas também pela incidência da febre aftosa, que levou ao embargo de parte das exportações de carne bovina". Outros segmentos que contiveram o ritmo da produção em abril foram o farmacêutico e o de veículos, com cortes de, respectivamente, 11,4% e 6,2%.

Entre as categorias de produto, a queda foi mais pronunciada entre os bens de consumo duráveis, influenciada por reduções na produção de celulares e automóveis. No primeiro trimestre, o segmento havia registrado acréscimo de 14,9% na produção, mas em abril a alta despencou a 0,5%. Todas as outras categorias registraram índices negativos na comparação com abril de 2005: queda de 0,3% entre os bens de capital, de 1,7% entre os intermediários, e de 2,5% entre os de consumo semi duráveis e não duráveis.

Abril x março

Na comparação com março, 14 setores expandiram a produção. As maiores altas ficaram por conta de metalurgia básica - de 4,2% - e de bebidas - de 3,5%. Outras nove reduziram a atividade.

Entre as categorias de produto, os de bens de consumo duráveis tiveram a maior alta, de 1,7%. Semi e não duráveis se expandiram a uma taxa de 1,3%, enquanto a produção de bens de capital ficou estagnada. O volume de bens intermediários produzidos mostrou recuo de 0,1% na comparação com o mês anterior.

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