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Produção de veículos no Brasil tem queda de 17% no 3º tri

Apesar da queda na produção, os estoques de veículos novos à espera de comprador fecharam setembro em 404,5 mil unidades

Veículos: expectativa da Anfavea para a produção em 2014 é de queda de 10% (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2014 às 15h13.

São Paulo - A produção de veículos no Brasil no terceiro trimestre caiu 16,8 por cento sobre igual período de 2013, impactada por fraqueza do mercado interno e das exportações e que fez de setembro o sexto mês consecutivo de fechamento de postos de trabalho no setor.

Apesar da queda na produção, os estoques de veículos novos à espera de comprador fecharam setembro em 404,5 mil unidades, maior nível do ano, afirmou a associação que representa o setor, Anfavea, nesta segunda-feira.

A produção do terceiro trimestre somou 818,1 mil veículos, alta de 5,6 por cento sobre o segundo trimestre.

Já as vendas foram de 863,6 mil veículos, crescendo 1,6 por cento sobre o segundo trimestre deste ano, mas caindo 12 por cento na comparação anual.

Luiz Moan, presidente da Anfavea, disse que a indústria tem se recuperado dos fracos resultados do primeiro semestre e que a média de veículos vendidos até agora no segundo semestre é 3,9 por cento maior que o emplacado na primeira metade do ano.

"Neste segundo semestre estamos crescendo sobre o primeiro", disse Moan a jornalistas, ressalvando que a entidade esperava que as vendas em setembro fossem "um pouquinho melhores".

Em setembro apenas, a produção foi de 300,8 mil veículos, alta de 13,7 por cento sobre agosto e queda de 6,7 por cento sobre um ano antes.

As vendas foram de 296,3 mil unidades, subindo 8,7 por cento na comparação mensal, mas recuando 4,4 por cento na relação anual.

"É de se esperar que as vendas continuem pressionadas dado o ambiente econômico desafiador", disseram analistas da Buckingham Research Group, em relatório. "A queda anual nas vendas de veículos leves foi bem melhor que o esperado, dada economia desafiadora", acrescentaram.

Apesar dos acumulados do ano de produção e vendas estarem ainda longe das estimativas da Anfavea já pioradas para o ano, a entidade manteve suas estimativas nesta segunda-feira.

A expectativa para a produção em 2014 é de queda de 10 por cento, ante uma performance acumulada até setembro de recuo de 16,8 por cento.

Já para os licenciamentos a estimativa é de queda de 5,4 por cento, ante um volume comercializado até o mês passado 9,1 por cento menor que um ano antes.

Perguntado sobre a avaliação da Anfavea para 2015, Moan afirmou que "com certeza nossa ideia é que essa curva de melhora adentre em 2015, que com certeza será melhor que 2014, de preferência com menores estoques".

A indústria montadora de veículos do Brasil terminou o mês passado com queda de 6,6 por cento no nível de emprego sobre um ano antes, para 147.718 postos de trabalho - pior resultado desde maio de 2012.

Moan afirmou que o setor tem buscado ampliar exportações e que já despachou um primeiro lote de veículos para a África. As vendas externas de veículos montados do país acumulam queda de 38,5 por cento no ano até setembro.

Considerando apenas o mês passado, as exportações despencaram 41,2 por cento, a 26,7 mil unidades.

O presidente da Anfavea afirmou que o cenário eleitoral deverá seguir gerando incertezas sobre a decisão de compra de consumidores e frotistas nas próximas semanas e que a Argentina voltou a impor restrições à importação de veículos diante de falta de divisas.

Sobre as medidas tomadas pelo Banco Central no final de agosto para expansão do crédito, Moan afirmou que elas ajudaram a elevar as vendas financiadas de veículos novos em 11 por cento em setembro.

"O Brasil precisa de estímulos para que economia rode. Se não estimularmos o consumo interno, teremos problemas", disse.

Por categoria, a produção de carros e comerciais leves em setembro caiu 5,3 por cento sobre um ano antes, para 286,28 mil unidades.

Já o volume produzido de caminhões somou 11,78 mil, queda de 30,3 por cento na comparação anual. Em ônibus, houve retração anual de 8,9 por cento, a 2,78 mil unidades.

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Apesar da queda na produção, os estoques de veículos novos à espera de comprador fecharam setembro em 404,5 mil unidades, maior nível do ano, afirmou a associação que representa o setor, Anfavea, nesta segunda-feira.

A produção do terceiro trimestre somou 818,1 mil veículos, alta de 5,6 por cento sobre o segundo trimestre.

Já as vendas foram de 863,6 mil veículos, crescendo 1,6 por cento sobre o segundo trimestre deste ano, mas caindo 12 por cento na comparação anual.

Luiz Moan, presidente da Anfavea, disse que a indústria tem se recuperado dos fracos resultados do primeiro semestre e que a média de veículos vendidos até agora no segundo semestre é 3,9 por cento maior que o emplacado na primeira metade do ano.

"Neste segundo semestre estamos crescendo sobre o primeiro", disse Moan a jornalistas, ressalvando que a entidade esperava que as vendas em setembro fossem "um pouquinho melhores".

Em setembro apenas, a produção foi de 300,8 mil veículos, alta de 13,7 por cento sobre agosto e queda de 6,7 por cento sobre um ano antes.

As vendas foram de 296,3 mil unidades, subindo 8,7 por cento na comparação mensal, mas recuando 4,4 por cento na relação anual.

"É de se esperar que as vendas continuem pressionadas dado o ambiente econômico desafiador", disseram analistas da Buckingham Research Group, em relatório. "A queda anual nas vendas de veículos leves foi bem melhor que o esperado, dada economia desafiadora", acrescentaram.

Apesar dos acumulados do ano de produção e vendas estarem ainda longe das estimativas da Anfavea já pioradas para o ano, a entidade manteve suas estimativas nesta segunda-feira.

A expectativa para a produção em 2014 é de queda de 10 por cento, ante uma performance acumulada até setembro de recuo de 16,8 por cento.

Já para os licenciamentos a estimativa é de queda de 5,4 por cento, ante um volume comercializado até o mês passado 9,1 por cento menor que um ano antes.

Perguntado sobre a avaliação da Anfavea para 2015, Moan afirmou que "com certeza nossa ideia é que essa curva de melhora adentre em 2015, que com certeza será melhor que 2014, de preferência com menores estoques".

A indústria montadora de veículos do Brasil terminou o mês passado com queda de 6,6 por cento no nível de emprego sobre um ano antes, para 147.718 postos de trabalho - pior resultado desde maio de 2012.

Moan afirmou que o setor tem buscado ampliar exportações e que já despachou um primeiro lote de veículos para a África. As vendas externas de veículos montados do país acumulam queda de 38,5 por cento no ano até setembro.

Considerando apenas o mês passado, as exportações despencaram 41,2 por cento, a 26,7 mil unidades.

O presidente da Anfavea afirmou que o cenário eleitoral deverá seguir gerando incertezas sobre a decisão de compra de consumidores e frotistas nas próximas semanas e que a Argentina voltou a impor restrições à importação de veículos diante de falta de divisas.

Sobre as medidas tomadas pelo Banco Central no final de agosto para expansão do crédito, Moan afirmou que elas ajudaram a elevar as vendas financiadas de veículos novos em 11 por cento em setembro.

"O Brasil precisa de estímulos para que economia rode. Se não estimularmos o consumo interno, teremos problemas", disse.

Por categoria, a produção de carros e comerciais leves em setembro caiu 5,3 por cento sobre um ano antes, para 286,28 mil unidades.

Já o volume produzido de caminhões somou 11,78 mil, queda de 30,3 por cento na comparação anual. Em ônibus, houve retração anual de 8,9 por cento, a 2,78 mil unidades.

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