Economia

Produção de petróleo nos EUA recua em maio, após alta

Em seu relatório mensal, o DoE informou que a produção caiu em 50 mil barris por dia em maio em relação a abril


	Barris de petróleo: Investidores tem observado atentamente a produção dos EUA nos últimos meses, após um excesso global de petróleo bruto ter levado os preços a uma forte queda em 2014
 (Getty Images)

Barris de petróleo: Investidores tem observado atentamente a produção dos EUA nos últimos meses, após um excesso global de petróleo bruto ter levado os preços a uma forte queda em 2014 (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2015 às 16h51.

Nova York - A produção de petróleo em maio nos EUA caiu de seu nível mais alto em 44 anos atingido em abril, diante da redução no número de perfurações em resposta aos baixos preços da commodity, informou o Departamento de Energia dos EUA (DoE).

Em seu relatório mensal, o DoE informou que a produção caiu em 50 mil barris por dia em maio em relação a abril, quando atingiu produção média diária de 9,7 milhões de barris, o nível mais alto desde 1971.

Investidores tem observado atentamente a produção dos EUA nos últimos meses, após um excesso global de petróleo bruto ter levado os preços a uma forte queda em 2014.

Com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) produzindo acima de sua meta de 30 milhões de barris por dia, os investidores norte-americanos apontam a necessidade da produção cair para tornar o mercado com menos excesso de oferta.

O DoE espera que a produção dos EUA diminua entre abril de 2015 a fevereiro de 2016. No mês passado, o departamento disse que a produção iria começar a diminuir só depois de junho.

No entanto, o DoE elevou suas previsões para a produção de petróleo dos EUA neste ano e no próximo. O departamento apontou para uma saída de petróleo bruto dos EUA na média de 9,47 milhões de barris por dia em 2015 e de 9,32 milhões de barris por dia em 2016.

No mês passado, a previsão era de 9,43 milhões de barris por dia neste ano e de 9,27 milhões de barris por dia no próximo ano. As novas estimativas são mais altas porque o DoE elevou sua estimativa de produção para o Golfo do México.

"Enquanto a produção de petróleo bruto deverá diminuir ao longo dos próximos meses, a produção total em 2015 está a caminho de ser a mais alta em 45 anos", disse Adam Sieminski, do DoE.

O Departamento de Energia também elevou suas previsões para o consumo de petróleo dos EUA. "A demanda de gasolina nos EUA provavelmente estará no pico de 9 milhões de barris por dia este ano, pela primeira vez desde 2007, o que reflete um número recorde de viagens nas rodovias do país", disse Sieminski, em comunicado.

A agência disse que as ofertas internacionais de petróleo seriam em média de 95,46 milhões de barris por dia em 2015 e de 95,67 milhões de barris por dia em 2016, acima de suas projeções anteriores de 95,24 milhões de barris por dia em 2015 e de 95,48 milhões de barris por dia em 2016.

O consumo global deve atingir, em média, 93,63 milhões de barris por dia neste ano e 95,03 milhões de barris por dia no próximo ano. No mês passado, a agência estimou consumo global em 93,30 milhões de barris por dia em 2015 e 94,64 milhões de barris por dia em 2016.

Segundo o departamento, os preços de referência do petróleo nos EUA seriam, em média, de US$ 55,51 por barril este ano, acima de sua previsão anterior de US$ 55,35 por barril. O preço nos EUA em 2014, em média, foi de US$ 93,17 por barril.

A agência reduziu sua previsão de preços para 2015 de referência mundial do petróleo Brent a US$ 60,22 por barril, de US$ 60,53 por barril. Em 2014, o Brent ficou, em média, em US$ 98,89 por barril.

A agência manteve suas previsões de preços para 2016 nos EUA, em média, em US$ 62,04 por barril e o Brent para a média de US$ 67,04 por barril.

Acompanhe tudo sobre:EnergiaEstados Unidos (EUA)OpepPaíses ricosPetróleo

Mais de Economia

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE

China e Brasil: Destaques da cooperação econômica que transformam mercados