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Produção de petróleo aquece indústria extrativa, diz IBGE

A extração de minério de ferro, voltado principalmente para exportações, também contribui para o resultado positivo

Refinaria de petróleo: em agosto, a indústria extrativa teve alta de 2,4% ante julho (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2014 às 13h27.

Rio - A produção de petróleo e gás tem sustentado os bons resultados da indústria extrativa em seis meses até agosto, disse o gerente da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ), André Macedo. Além disso, a extração de minério de ferro, voltado principalmente para exportações, também contribui para o resultado positivo.

Em agosto, a indústria extrativa teve alta de 2,4% ante julho. O segmento responde por cerca de 10% do total da atividade e acabou sendo o principal impacto positivo no mês. "Nos últimos meses, o setor extrativo vinha sendo sustentado pelo minério de ferro, com exportações com viés de alta. O petróleo aparece nos últimos meses com comportamento diferente do que tinha", explicou Macedo.

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Segundo o gerente, a redução de paralisações que eram frequentes e a exploração das camadas do pré-sal ajudam a entender contribuição positiva do segmento de petróleo e gás. É este braço da extração que sustenta a sequência de seis meses de crescimento, de março a agosto.

"Além disso, a parte de refino já há algum tempo tem mostrado reação, numa relação direta com estratégia do setor. Eles vêm operando com nível de capacidade instalada no máximo, visando à redução de importações", acrescentou Macedo. Em agosto, a produção de coque, derivados do petróleo e biocombustível subiu 1,5%.

Mas esses desempenhos foram suficientes apenas para atenuar a trajetória descendente da indústria. A produção subiu 0,7% em agosto, um resultado que tem de ser relativizado, de acordo com o gerente do órgão, devido à base mais enfraquecida nos meses anteriores.

Quedas

Após um primeiro semestre de produção intensa, o setor de bebidas teve queda de 6,1% na atividade em agosto ante julho, o principal impacto negativo no mês. Trata-se do segundo recuo consecutivo - a produção já havia diminuído 2,7% em julho, segundo o IBGE.

"O setor teve uma característica peculiar esse ano. Houve incremento na produção no início do ano devido ao evento Copa do Mundo. Refrigerantes e especialmente cerveja e chope cresceram e alavancaram essa produção. É claro que isso resulta em uma base de comparação mais alta", explicou Macedo.

No setor farmacêutico, a queda de 7,4% foi atribuída à volatilidade característica da atividade. "O segmento havia tido 4,1% de crescimento em julho. O comportamento no ano também é positivo", justificou o analista do IBGE.

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