Motocicletas: vendas no atacado recuaram 20,5% em 2012 sobre o ano anterior (stock.xchng)
Da Redação
Publicado em 10 de janeiro de 2013 às 17h45.
São Paulo - Levantamento da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), divulgado nesta quinta-feira, aponta que foram produzidos 1,69 milhão de motocicletas no Brasil em 2012, queda de 20,9% ante 2011, quando foram fabricados 2,137 milhões de veículos. Em dezembro, devido às férias coletivas das indústrias do setor, a produção foi de 66.226 motocicletas, declínio de 52% sobre novembro e de 34,9% frente a um ano antes.
De acordo com a Abraciclo, as vendas no atacado - das fábricas às concessionárias - caíram 20,5% em 2012 sobre 2011, de 2,044 milhões para 1,625 milhão de unidades. Entre novembro e dezembro, a queda foi de 18%, 103.312 motocicletas. Em relação a dezembro de 2011, a redução nas vendas foi de 9,2% no mês passado.
Segundo o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, 2012 foi marcado por uma "forte crise", principalmente por conta da restrição de crédito para financiamento dos veículos. "Porém, com base nas vendas do segundo semestre, que apresentou uma média diária acima de 6,2 mil unidades, esperamos uma estabilidade neste início de ano e um modesto crescimento de 3,7% na produção, para 2013, chegando a cerca de 1,75 milhão de motocicletas. As vendas no atacado devem ter um incremento de 2,4%, ficando em torno de 1,665 milhão de unidades", informou Fermanian, em nota.
Apesar da crise, os destaques positivos do setor ficaram para exportação e para produção e venda de motocicletas maiores, com motores acima de 500 cilindradas. As exportações de motocicletas cresceram 43,4% em 2012, na comparação com o ano anterior, para 105.187 unidades.
Os emplacamentos de motos acima de 500 cilindradas aumentaram 6% e atingiram 48.990 veículos. A produção evoluiu 7,2%, para 43.999 unidades. No entanto, as motocicletas do segmento representaram apenas 2,7% do total comercializado. O segmento de 51 cilindradas até 150 cilindradas domina o setor, com 85% de participação.