Economia

Produção automotiva Argentina caiu 36% em maio

Produção ficou em 50.938 unidades, uma redução de 13,9% em comparação com o mês de abril

Linha de produção da Chevrolet em uma fábrica de Rosario, na Argentina (Diego Giudice/Bloomberg News)

Linha de produção da Chevrolet em uma fábrica de Rosario, na Argentina (Diego Giudice/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2014 às 21h45.

Buenos Aires - A Associação de Fabricantes de Automóveis da Argentina (Adefa) anunciou que a produção automotiva caiu 36% em maio em comparação com o mesmo mês do ano passado, ficando em 50.938 unidades.

Esse volume foi equivalente a uma redução de 13,9% em comparação com o mês de abril. Segundo a Adefa, nos primeiros cinco meses de 2014 a produção de veículos foi de 257.519 unidades, o que indica uma redução de 22,2% em relação ao mesmo período de 2013. Esse é o menor volume de produção no período janeiro-maio desde 2010.

As montadoras também registraram uma queda de 39,2% nas exportações de automóveis ao Brasil em maio. A queda acumulada entre janeiro e maio foi de 24,3%.

O mercado brasileiro absorve 88,8as vendas automotivas argentinas ao exterior. O volume comprado pelo Brasil equivale à metade da produção total argentina de automóveis.

Segundo a Adefa, a "nos primeiros cinco meses de 2014 a produção de veículos foi fortemente atingida pela retração da demanda desde os mercados de exportação e das vendas no mercado local.

O volume de produção também foi afetado pelos diversos conflitos (trabalhistas) que ocorreram dentro de vários fornecedores estratégicos, que foram situações que levaram à suspensão temporária das atividades" de fábricas de autopeças.

Desde maio diversas montadoras, entre as quais a General Motors, Fiat, e a PSA Peugeot-Citroen suspenderam turnos de operários para evitar o acúmulo de estoque de veículos.

A Honda paralisará sua atividade durante um mês, entre o dia 9 de junho e o 7 de julho nas fábricas que possui em Campana (veículos) e Florencio Varela (motos).

Integrantes do governo da presidente Cristina Kirchner indicaram que nos próximos dias a Casa Rosada faria anúncios de medidas para estimular as vendas no mercado interno.

Enquanto isso, crescem as tensões no âmbito sindical, com trabalhadores ameaçando ocupar fábricas de autopeças que suspendam ou demitam operários.

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