Privatização da Sabesp não foi descartada, diz governo de SP
O secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Marcos Penido, disse que o modelo de capitalização se mostra hoje mais viável
Estadão Conteúdo
Publicado em 14 de junho de 2019 às 15h14.
São Paulo—Apesar de destacar apenas a capitalização da Sabesp durante evento nesta sexta-feira (14), em São Paulo , o secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Marcos Penido, afirmou que o modelo de privatização não foi descartado.
"Não é que foi descartada (a privatização). Nossa primeira visão é a questão da capitalização, para mudar o patamar da Sabesp, transformá-la numa holding. Não se descarta uma privatização e uma empresa forte. A partir de quando se criar a holding, aumenta a capacidade de investimento, e ela passa a ser mais atrativa", afirmou, durante evento promovido pelo Lide.
Segundo Penido, hoje o principal tema para o avanço do processo é o marco regulatório do setor. "Estamos aguardando aprovação", disse. Segundo o secretário, o modelo de capitalização se mostra hoje mais viável, mais seguro, mas não impede a privatização.
Ainda de acordo com o secretário, o grupo de trabalho está estudando a questão da Sabesp junto do conselho, e trabalham todas as hipóteses. Penido destacou que o grande balizador do processo envolvendo a Sabesp será a aprovação do marco legal. "PL foi aprovado no Senado e em revisão na Câmara. Esse vai ser o norte que vai definir inclusive a finalização da modelagem e prazos previstos", disse.
Questionado sobre como o governo pretende proceder com a capitalização, se seria por diluição da participação, disse que tudo vai ser definido na modelagem. "Valor do investimento depende justamente do que virá no fechamento do marco regulatório", afirmou.
O Secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo reforçou que, após a capitalização, a Sabesp terá capacidade para não só atuar em São Paulo, mas auxiliar outros agentes. "Ela tem capacidade para não só atuar no Estado de São Paulo, como também vir ajudar a blocos em outros locais e levar essa expertise para o Brasil, cuidando desse ponto que é frágil no país. Só 40% da população tem esgoto tratado", disse.
Segundo Penido, este é um momento oportuno para que a empresa saia do patamar que está e passe a vir a ser uma empresa ainda maior e consiga elevar o potencial de investimento.