Economia

Prévia do PIB tem expansão de 0,25% no 2º tri, acima do esperado

Em junho, o índice apresentou ganho de 0,50 por cento em relação a maio, em números dessazonalizados

IBC-Br: resultado do 2º trimestre veio melhor do que a expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,20 por cento (Paulo Whitaker/Reuters/Reuters)

IBC-Br: resultado do 2º trimestre veio melhor do que a expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,20 por cento (Paulo Whitaker/Reuters/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 17 de agosto de 2017 às 08h53.

Última atualização em 17 de agosto de 2017 às 09h50.

São Paulo - A atividade econômica do Brasil cresceu mais do que o esperado em junho e terminou o segundo trimestre com crescimento, segundo resultado seguido no azul e sinalizando recuperação gradual em meio a um ambiente de inflação fraca.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB) divulgado nesta quinta-feira, apresentou expansão de 0,25 por cento entre abril e junho na comparação com os três primeiros meses do ano, em dado dessazonalizado.

No primeiro trimestre, o IBC-Br teve alta de 1,22 por cento sobre o quarto trimestre de 2016. Os dados oficiais divulgados pelo IBGE mostram que o PIB do Brasil cresceu 1 por cento nos três primeiros meses do ano.

Somente em junho, o indicador do BC subiu 0,5 por cento sobre maio, bem melhor do que a expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,20 por cento.

O mês de junho representa a quarta vez em que o indicador, que incorpora projeções para a produção nos setores de serviços, indústria e agropecuária, bem como o impacto dos impostos sobre os produtos, teve resultado positivo neste ano.

Além disso, o BC revisou o dado de maio para recuo de 0,37 por cento, sobre queda de 0,51 por cento divulgada anteriormente.

"A série voltou ao patamar verificado em fevereiro de 2016, corroborando a recuperação lenta e gradual da economia", destacou em nota a economista-chefe da Rosenberg Associados, Thaís Marzola Zara, calculando estabilidade do PIB no segundo trimestre.

"Contabilizando o crescimento do primeiro trimestre do ano, a estabilidade no segundo trimestre seria um indicativo auspicioso de que estamos, de fato, deixando a recessão para trás", completou, projetando crescimento de 0,7 por cento da economia no ano.

O número de junho do IBC-Br reflete desempenhos positivos dos setores de varejo e de serviços no mês. Enquanto as vendas varejistas subiram 1,2 por cento, o volume de serviços aumentou 1,3 por cento, fechando o segundo trimestre no azul depois de nove trimestres seguidos de perdas.

Somente a indústria mostrou dificuldades de engatar uma recuperação mais consistente, tendo ficado estagnada na comparação com maio.

Na comparação com junho de 2016, o IBC-Br apresentou variação positiva de 0,66 por cento, enquanto que no acumulado em 12 meses houve queda de 1,82 por cento, sempre em números dessazonalizados.

O cenário econômico no Brasil é de inflação baixa e queda nos juros que barateia o crédito, favorecendo a atividade econômica ao estimular o consumo. Porém, na outra ponta o desemprego permanece ainda elevado.

O BC vem cortando desde outubro passado a taxa básica de juros, agora em 9,25 por cento, e já indicou que continuará com o movimento.

A pesquisa Focus mais recente realizada pelo BC aponta que a expectativa dos economistas consultados é de que a taxa básica Selic encerre este ano a 7,5 por cento, com crescimento do PIB este ano de 0,34 por cento.

Acompanhe tudo sobre:Banco Centraleconomia-brasileiraPIB do Brasil

Mais de Economia

Reforma tributária: videocast debate os efeitos da regulamentação para o agronegócio

Análise: O pacote fiscal passou. Mas ficou o mal-estar

Amazon, Huawei, Samsung: quais são as 10 empresas que mais investem em política industrial no mundo?

Economia de baixa altitude: China lidera com inovação