Economia

Prévia do PIB sobe 0,20% em novembro, divulga BC

No acumulado de 2016 até novembro, a retração é de 4,59% pela série sem ajustes sazonais

Prévia do PIB: resultado de novembro veio melhor que o recuo de 0,10 por cento no mês projetado por analistas consultados pela Reuters (Febraban/Divulgação)

Prévia do PIB: resultado de novembro veio melhor que o recuo de 0,10 por cento no mês projetado por analistas consultados pela Reuters (Febraban/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de janeiro de 2017 às 09h07.

Última atualização em 13 de janeiro de 2017 às 09h32.

Brasília - Após ceder 0,15% em outubro (dado já revisado), a economia brasileira registrou avanço em novembro de 2016. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) do mês teve alta de 0,20% ante outubro, com ajuste sazonal, informou nesta sexta-feira, 13, a instituição.

O índice de atividade calculado pelo BC passou de 132,94 pontos para 133,21 pontos na série dessazonalizada de outubro para novembro.

A alta do IBC-Br ficou dentro do intervalo obtido entre analistas do mercado financeiro consultados pelo Broadcast Projeções, que esperavam resultado entre -0,37% e +0,46% (mediana de +0,10%).

No acumulado de 2016 até novembro, a retração é de 4,59% pela série sem ajustes sazonais. Também pela série observada, é possível identificar um recuo de 4,76% nos 12 meses encerrados em novembro.

Na comparação entre os meses de novembro de 2016 e 2015, houve queda de 2,02% também na série sem ajustes sazonais. A série observada encerrou com o IBC-Br em 133,10 pontos, ante 132,69 pontos de outubro e 135,84 pontos de novembro do ano passado.

O indicador de novembro de 2016 ante o mesmo mês de 2015 mostrou desempenho melhor que o apontado pela mediana (-2,40%) das previsões de analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Broadcast Projeções (-3,00% a -1,70% de intervalo).

Em janeiro do ano passado, o Banco Central promoveu uma revisão na apuração do IBC-Br para incorporar a estrutura de produtos e avanços metodológicos do Sistema de Contas Nacional, entre outros indicadores.

Conhecido como "prévia do BC para o PIB", o IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.

A previsão oficial do BC para a atividade doméstica em 2016 é de queda de -3,4%, de acordo com o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) publicado no fim de dezembro. No Relatório de Mercado Focus da última segunda-feira, 9, a mediana das estimativas do mercado para o Produto Interno Bruto (PIB) este ano estava em -3,49%.

Na última quarta-feira, dia 11, o BC citou a "atividade aquém do esperado" como um dos motivos para cortar a Selic (a taxa básica de juros) em 0,75 ponto porcentual, para 13,00% ao ano, e não em apenas 0,50 ponto porcentual, como esperava a maior parte do mercado financeiro.

Trimestre

O IBC-Br registrou baixa de 0,55% no acumulado do trimestre encerrado em novembro de 2016, na comparação com o trimestre anterior (junho a agosto), pela série ajustada do Banco Central. Já na comparação do trimestre até novembro com idêntico período de 2015, o resultado do índice foi de queda de 3,63% pela série observada.

Como de costume, o Banco Central revisou dados do Índice de Atividade Econômica na margem, na série com ajuste. Em outubro, o IBC-Br passou de -0,48% para -0,15%. Em setembro, o índice foi de -0,08% para zero. No caso de agosto, a revisão foi de -0,81% para -0,78%. O dado de julho foi de -0,05% para +0,01% e o de junho, de +0,29% para +0,37%. Em relação a maio, o BC substituiu a taxa de -0,41% pela de -0,45%.

A série do BC incorpora a estrutura de produtos e avanços metodológicos do Sistema de Contas Nacional - Referência 2010, do IBGE. Destacam-se também a incorporação da PNAD Contínua e a da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS).

Acompanhe tudo sobre:Banco Centraleconomia-brasileiraPIB do Brasil

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor