Economia

Prévia do PIB inicia 4º trimestre com alta de 0,86% em outubro

BC divulgou o IBC-Br nesta segunda-feira, que serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses

Economia: IBC-Br subiu 0,86% em outubro ante setembro, com ajuste, afirmou o BC (Cris Faga/Getty Images)

Economia: IBC-Br subiu 0,86% em outubro ante setembro, com ajuste, afirmou o BC (Cris Faga/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de dezembro de 2020 às 09h44.

Após a forte retração nos meses de março e abril, em meio à pandemia do novo coronavírus, a atividade econômica brasileira apresentou o sexto mês consecutivo de alta. O Banco Central informou nesta segunda-feira (14) que seu Índice de Atividade (IBC-Br) subiu 0,86% em outubro ante setembro, na série já livre de influências sazonais. Em setembro, o avanço havia sido de 1 68% (dado revisado).

Os efeitos da pandemia do novo coronavírus sobre a economia, apesar de percebidos em fevereiro, se intensificaram em todo o mundo a partir de março. Para conter o número de mortos, o Brasil adotou o isolamento social em boa parte do território, o que impactou a atividade econômica. Os efeitos negativos foram percebidos principalmente em março e abril. Nos últimos meses, porém, o IBC-Br demonstrou reação.

De setembro para outubro, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 135,59 pontos para 136,75 pontos na série dessazonalizada. Este é o maior patamar desde fevereiro deste ano (140,07 pontos).

Na comparação entre os meses de outubro de 2020 e outubro de 2019, houve baixa de 2,61% na série sem ajustes sazonais. Esta série encerrou com o IBC-Br em 139,37 pontos em outubro.

Acumulado no ano

O IBC-Br acumulou baixa de 4,92% no ano até outubro, informou o Banco Central. O porcentual diz respeito à série sem ajustes sazonais. Pela mesma série, o IBC-Br apresenta baixa de 3,93% nos 12 meses encerrados em outubro.

Os efeitos da pandemia do novo coronavírus sobre a economia, apesar de percebidos em fevereiro, se intensificaram em todo o mundo a partir de março. Para conter o número de mortos, o Brasil adotou o isolamento social em boa parte do território, o que impactou a atividade econômica. Os efeitos negativos foram percebidos principalmente em março e abril. Nos últimos meses, porém, o IBC-Br demonstrou reação.

O Banco Central também informou que o IBC-Br registrou alta de 6 46% no acumulado do trimestre encerrado em outubro de 2020, na comparação com os três meses anteriores (maio a julho), pela série ajustada sazonalmente.

Por outro lado, o BC informou que o IBC-Br acumulou baixa de 2 65% no trimestre até outubro de 2020 ante o mesmo período de 2019, pela série sem ajustes sazonais.

Revisões

O BC revisou os dados do IBC-Br na margem, na série com ajuste. O índice de setembro foi de +1,29% para +1,68%, enquanto o índice de agosto passou de +1,39% para +1,63%.

No caso de julho, o índice foi de +3,77% para +2,42%. O dado de junho passou de +5,38% para +5,23% e o de maio foi de +1,68% para +2,15%. Em relação a abril, o BC alterou o indicador de -9 23% para -9,46%. No caso de março, de -5,89% para -6,01%.

Conhecido como uma espécie de "prévia do BC para o PIB", o IBC-Br serve mais precisamente como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. A projeção atual do BC para a atividade doméstica em 2020 é de retração de 5,0%. Este cálculo será atualizado na próxima quinta-feira por meio do Relatório Trimestral de Inflação (RTI).

No Relatório de Mercado Focus divulgado pelo BC nesta segunda-feira, a projeção é de queda de 4,41% do PIB em 2020. O Focus reúne as projeções dos economistas do mercado financeiro.

Acompanhe tudo sobre:Banco Centraleconomia-brasileiraPIBPIB do Brasil

Mais de Economia

Governo Milei anuncia venda de dólares no câmbio paralelo argentino

Argentina volta a ter alta de inflação em junho; acumulado de 12 meses chega a 271,5%

Com alíquota de 26,5%, Brasil deve ter um dos maiores IVAs do mundo; veja ranking

Haddad declara ser favorável à autonomia financeira do Banco Central

Mais na Exame