Economia

'Prévia do PIB': IBC-Br sobe 0,05% em setembro após queda em agosto

O resultado veio dentro das estimativas do mercado financeiro, cujo intervalo ia de recuo de 0,40% a avanço de 0,80%, mas bem abaixo da mediana de alta de 0,30%

IBC-Br: A economia brasileira acumulou crescimento de 2,34% em 12 meses até setembro (Nelson_A_Ishikawa/Thinkstock)

IBC-Br: A economia brasileira acumulou crescimento de 2,34% em 12 meses até setembro (Nelson_A_Ishikawa/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de novembro de 2022 às 09h45.

Após queda em agosto, a economia brasileira mostrou ligeira alta em setembro, conforme o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). O indicador subiu 0,05%, considerando a série livre de efeitos sazonais, de acordo com divulgação realizada nesta segunda-feira, 14, pelo BC. Em agosto, a queda havia sido de 1,13%.

De agosto para setembro, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 143,94 pontos para 144,01 pontos na série dessazonalizada. Olhando para trás, esse patamar só fica abaixo de julho, quando o indicador atingiu 145,58 pontos.

O resultado veio dentro das estimativas do mercado financeiro coletadas pelo Projeções Broadcast, cujo intervalo ia de recuo de 0,40% a avanço de 0,80%, mas bem abaixo da mediana de alta de 0,30%.

Na comparação entre os meses de setembro de 2022 e de 2021, houve crescimento de 4,00% na série sem ajustes sazonais. Esta série registrou 144,44 pontos no nono mês do ano, o melhor desempenho para o período desde 2014 (148,12 pontos).

O indicador de setembro ante o mesmo mês de 2021 também ficou dentro do intervalo projetado pelos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam de avanço de 2,40% a crescimento de 5,10%, com mediana positiva de 4,30%.

Acumulados

A economia brasileira acumulou crescimento de 2,34% em 12 meses até setembro, conforme o IBC-Br, divulgado nesta segunda-feira. Já no acumulado do ano até o nono mês, o resultado é positivo em 2,93%.

Em relação ao trimestre finalizado em setembro, o avanço foi de 1,36% na comparação com os três meses anteriores (abril a junho) pela série ajustada sazonalmente.

Na comparação com o mesmo período de 2021 (julho a setembro), houve alta de 4,32% pela série sem ajustes sazonais.

Revisões

O Banco Central revisou dados de seu IBC-Br na série com ajuste. O IBC-Br de agosto continuou em -1,13%, mas o resultado de julho foi de +1,67% para +1,68%, enquanto o de junho passou de +0,75% para +0,74%.

O índice de maio continuou em -0,20%, enquanto o indicador de abril foi alterado de -0,43% para -0,46%. O resultado de março passou de +1,13% para +1,12%.

Conhecido como uma espécie de "prévia do BC" para o Produto Interno Bruto (PIB), o IBC-Br serve mais precisamente como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. A projeção atual do BC para a atividade doméstica em 2022 é de crescimento de 2,7%, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro.

LEIA TAMBÉM:

Boletim Focus: projeção para inflação de 2022 volta a subir e previsão do PIB melhora

Gasolina sobe pela 5ª semana seguida e fica acima de R$ 5, diz ANP

Luta contra inflação é longa e árdua, diz presidente do BC

Acompanhe tudo sobre:Banco Centraleconomia-brasileiraPIBPIB do Brasil

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor