Economia

Prévia da inflação sobe 0,81% em novembro, diz IBGE

Com o resultado anunciado nesta terça, o IPCA-15 acumulou um aumento de 3,13% no ano. A taxa em 12 meses ficou em 4,22%

 (NurPhoto/Corbis/Getty Images)

(NurPhoto/Corbis/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 24 de novembro de 2020 às 09h11.

Última atualização em 24 de novembro de 2020 às 10h03.

A prévia da inflação brasileira registrou em novembro o maior nível para o mês em cinco anos e mostrou que os custos dos alimentos continuam pesando nos bolsos dos consumidores na reta final do ano, levando a alta dos preços em 12 meses acima do centro da meta do governo.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) passou a subir 0,81% em novembro, de 0,94% no mês anterior, segundo os dados divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 12 meses, a alta acumulada foi a 4,22%, de 3,52% antes. Com isso, a inflação ficou acima do centro da meta para este ano, que é de 4% com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, medida pelo IPCA.

Ambos os resultados superaram ainda as expectativas em pesquisa da Reuters, de avanços de 0,72% no mês e de 4,12% em 12 meses.

Em novembro, todos os grupos pesquisados apresentaram alta, mas o maior peso ficou novamente para Alimentação e bebidas. A inflação dos alimentos vem se destacando nesse final de ano, também por conta do câmbio favorável às exportações, o que levanta preocupações de uma alta mais disseminada dos preços.

Os preços de alimentação e bebidas apresentaram avanço de 2,16% no mês, sendo que os alimentos para consumo no domicílio subiram 2,69%. Influenciaram nesse resultado itens importantes na mesa das famílias, como as carnes (4,89%), o arroz (8,29%) e a batata-inglesa (33,37%).

A alimentação fora do domicílio também pesou sobre o IPCA-15 de novembro ao acelerar a alta a 0,87% em novembro, de 0,54% no mês anterior, principalmente em função do aumento de 1,92% no item lanche.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, já sinalizou que a redução do imposto de importação sobre alimentos como reação à alta nos produtos deve ser uma medida permanente.

Outro forte impacto sobre o índice de novembro foi exercido pelo grupo Transportes, embora tenha desacelerado a alta a 1%, de 1,34% em outubro. Essa leitura foi impulsionada pela alta de 1,17% da gasolina, subitem de maior peso do IPCA-15.

O Banco Central já reconheceu uma pressão inflacionária mais forte no curto prazo, mas manteve sua mensagem de orientação futura.

Acompanhe tudo sobre:InflaçãoIPCA

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor