Prévia da inflação em junho é a mais baixa para o mês desde 2006, diz IBGE
Considerando todos os meses do ano, o resultado do IPCA-15 foi o mais baixo desde dezembro de 2018, quando o IPCA-15 recuou 0,16%.
Estadão Conteúdo
Publicado em 25 de junho de 2019 às 09h42.
Última atualização em 25 de junho de 2019 às 14h07.
Rio — O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,06% em junho, após ter avançado 0,35% em maio, informou nesta terça-feira, 25, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O avanço foi a mais baixa para o mês desde o ano 2006, quando caiu 0,15%,
Considerando todos os meses do ano, o resultado foi o mais baixo desde dezembro de 2018, quando o IPCA-15 recuou 0,16%.
O IPCA-15 é considerado a prévia da inflação oficial do mês e calculado no intervalo entre o dia 15 de um mês e de outro.
O resultado ficou ligeiramente abaixo da mediana, de 0,07%, estimada pelos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde uma queda de 0,13% a uma alta de 0,15%.
Com o resultado anunciado nesta terça, o IPCA-15 acumulou um aumento de 2,33% no ano. Nos 12 meses encerrados em junho, o indicador avançou 3,84%, também pouco abaixo da mediana (3,85%). As projeções iam de avanço de 3,64% a 3,95%.
Alimentos e bebidas
OIPCA-15 de 0,06% em junho f oi puxado para baixo principalmente pelo grupo de alimentos. O grupo Alimentação e Bebidas teve uma queda de – 0,64 ponto porcentual.
O custo da alimentação no domicílio recuou 0,82% em junho. Houve reduções de preços no feijão carioca (-14,99%), tomate (-13,43%), feijão-mulatinho (-11,48%), batata-inglesa (-11,30%), feijão-preto (-8,84%) e frutas (-5,25%).
Por outro lado, ficaram mais caros o leite longa vida (2,80%) e as carnes (0,64%), com impactos de 0,03 ponto porcentual e 0,02 ponto porcentual, respectivamente.
A alimentação fora de casa recuou 0,33% em junho, puxada pelo item refeição fora do domicílio, 0,87% mais barata no mês.
Outros grupos
Seis dos nove grupos do IPCA-15 registraram taxas de variação mais baixas na passagem de maio para junho.
Outros grupos também perderam força de maio para junho, mas sem ter valor negativo. Demais decréscimos ocorreram em Habitação (de 0,55% em maio para 0,52% em junho), Vestuário (de 0,38% para 0,09%), Transportes (de 0,65% para 0,25%), Saúde e cuidados pessoais (de 1,01% para 0,58%) e Despesas pessoais (de 0,16% para 0,11%).
Por outro lado, as taxas foram mais elevadas em Artigos de residência (de -0,36% para 0,01%), Educação (de 0,00 para 0,09%) e Comunicação (de -0,04% para 0,00%).