UBS é o maior banco suíço (Fabrice Coffrini/AFP)
Da Redação
Publicado em 22 de abril de 2012 às 11h38.
Genebra - A "guerra econômica" da União Europeia (UE) e Estados Unidos contra Suíça e seus dois principais bancos, UBS e Credit Suisse, custará ao setor 20.000 empregos, declarou no domingo o presidente do UBS, Sergio Ermotti.
"A Suíça está sendo atacada desde 2008. Estamos imersos em uma guerra econômica", disse Ermotti em declarações publicadas neste domingo pelo jornal SonntagsZeitung.
"A idea é debilitar os dois grandes bancos suíços que se destacam a nível internacional", disse Ermotti, que denunciou os ataques.
Para ele, devido a esses ataques, os ativos administrados pelos bancos suíços vão diminuir e os estabelecimentos terão que adaptar-se, reduzindo custos e realizando fusões.
"A praça financeira suíça vai perder cerca de 20% dos postos de trabalho nos próximos anos, ou seja 20.000 empregos", disse Ermotti.
No dia 12 de abril, a justiça francesa iniciou uma investigação sobre as práticas do UBS na França, por suspeita de bloqueio de dinheiro e fraude fiscal.
Essa ação judicial acontece em um período sensível para os bancos suíços.
O governo suíço, por sua vez, tenta contra-atacar a ofensiva americana e europeia com acordos fiscais com seus principais sócios e firmou tais protocolos com a Alemanha, Grã-Bretanha e Áustria.
Já com a França, as negociações estão estagnadas devido à campanha presidencial.