Economia

Presidente do BC do Paraguai pede mudanças na América Latina

Valdovinos disse que depender de estímulos fiscais para impulsionar a economia não funciona no longo prazo


	Paraguai: "não seria a hora de parar de falar em políticas contracíclicas e começar a focar mais em políticas estruturais?", diz presidente do BC
 (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Paraguai: "não seria a hora de parar de falar em políticas contracíclicas e começar a focar mais em políticas estruturais?", diz presidente do BC (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2016 às 22h37.

Washington - As economias da América Latina precisam começar a pensar em fazer mudanças estruturais em vez de depender inteiramente de infusões de gastos governamentais de curto prazo para impulsionar o crescimento econômico, de acordo com o presidente do banco central do Paraguai, Carlos Fernández Valdovinos.

Muitas dessas economias cresceram rapidamente durante o boom das commodities, conduzido por um aumento de investimentos na China.

Agora que Pequim está se afastando dessa política para orientar a economia para o consumo doméstico, os exportadores de commodities latino-americanos se veem lutando para aumentar suas perspectivas de crescimento.

Valdovinos disse que depender de estímulos fiscais para impulsionar a economia não funciona no longo prazo, durante uma conferência do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington.

"Não seria a hora de parar de falar em políticas contracíclicas e começar a focar mais em políticas estruturais?". "Caso contrário, estaremos esticando demais a política fiscal ou monetária".

Valdovinos disse que o governo paraguaio está tentando impulsionar a produtividade ao investir em infraestrutura, e trabalhando na exportação de mais bens de valor agregado, em vez de commodities.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaBanco CentralMercado financeiroParaguai

Mais de Economia

Tesouro adia para 15 de janeiro resultado das contas de novembro

Câmara apresenta justificativa sobre emendas e reitera que Câmara seguiu pareceres do governo

Análise: Inflação preocupa e mercado já espera IPCA de 5% em 2025

Salário mínimo 2025: por que o valor será menor com a mudança de regra