Economia

Presidente da Caixa volta a dizer que banco pode reduzir taxa do FGTS

Instituição tem o monopólio na gestão do fundo, e cobra uma taxa de 1% sobre o valor dos ativos

Pedro Guimarães: "Há tranquilidade para reduzir taxa de gestão do FGTS, mas isso depende do aval do meu chefe, que é o ministro da Economia, Paulo Guedes" (Adriano Machado/Reuters)

Pedro Guimarães: "Há tranquilidade para reduzir taxa de gestão do FGTS, mas isso depende do aval do meu chefe, que é o ministro da Economia, Paulo Guedes" (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de outubro de 2019 às 14h32.

Última atualização em 16 de outubro de 2019 às 14h46.

São Paulo — O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, reafirmou nesta quarta-feira, 16, que o banco está aberto para a discussão sobre a redução da taxa de administração do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A instituição tem o monopólio na gestão do fundo, e cobra uma taxa de 1% sobre o valor total dos ativos.

"A Caixa está estudando potenciais reduções na taxa de gestão do FGTS. Há tranquilidade para reduzir taxa de gestão do FGTS, mas isso depende do aval do meu chefe, que é o ministro da Economia, Paulo Guedes", afirmou o presidente da instituição.

Uma das propostas o banco é reduzir sua cobrança e 1 para 0,8%.

Guimarães evitou comentar a declaração do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que disse nesta semana que a Caixa "rouba" R$ 7 bilhões por ano dos trabalhadores com a cobrança dessa taxa. "Teremos um gasto de R$ 1 bilhão com a operacionalização dos saques do FGTS", argumentou.

Rodrigo Maia defende que a administração do Fundo possa ser compartilhada com outros bancos, que poderiam cobrar uma taxa menor e oferecer rendimentos maiores aos trabalhadores.

O presidente da Caixa também preferiu não opinar sobre a possibilidade dos trabalhadores usarem os recursos do fundo para investirem em fundos ou no mercado de capitais.

Conforme mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o relator da medida provisória (MP) que permite o saque do FGTS, Hugo Motta (Republicanos-PB), vai ampliar a forma de aplicação do fundo. "A regulamentação do uso do FGTS para aplicar em fundos em ações cabe ao conselho curador. A Caixa não vai se envolver nessa discussão", limitou-se a responder.

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