Economia

Premiê grego abordará falta de dinheiro em cúpula da UE

Atenas se vê diante da possibilidade de ficar sem recursos nas próximas semanas

O premier grego, Alexis Tsipras: taxa dos bônus a 10 anos registrava uma alta de 10,080%, contra 9,476% da véspera no mercado secundário (Luisa Guliamaki/AFP)

O premier grego, Alexis Tsipras: taxa dos bônus a 10 anos registrava uma alta de 10,080%, contra 9,476% da véspera no mercado secundário (Luisa Guliamaki/AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de março de 2015 às 11h59.

Atenas - O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, vai abordar a questão da falta de dinheiro cada vez mais grave em conversas com líderes da União Europeia na cúpula em Bruxelas nesta semana, disse o porta-voz do governo nesta quarta-feira, enquanto Atenas se vê diante da possibilidade de ficar sem recursos nas próximas semanas.

A Grécia acertou uma extensão de quatro meses de seu programa de resgate no mês passado, mas não recebeu nenhuma ajuda nova, que permanece congelada em meio às relações cada vez piores de Atenas com seus credores internacionais.

"Vamos ter como objetivo esclarecer o acordo de 20 de fevereiro com o Eurogrupo e como ele será acompanhado pela provisão de liquidez à economia grega", disse o porta-voz do governo, Gabriel Sakellaridis, à Skai TV.

Tsipras quer se encontrar com a chanceler alemã, Angela Merkel, o presidente francês, François Hollande, o chefe do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, e o chefe da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, às margens da cúpula da UE em Bruxelas que acontece quinta e sexta-feira.

Sakellaridis disse também que o governo planeja votar como planejado sua primeira lei para enfrentar uma crise humanitária pela qual a Grécia culpa a austeridade, apesar de uma notícia que sugere oposição de parceiros da UE.

O Parlamento grego começou a discutir na terça-feira a lei sobre a crise humanitária, que inclui medidas para fornecer eletricidade e alimentos de graça para famílias carentes.

A votação deve acontecer ainda nesta quarta-feira.

"Estamos determinados a legislar e a legislar do modo que começamos", disse Sakellaridis.

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