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Premiê da Escócia defende permanência em mercado comum

Sturgeon fez a declaração na apresentação de um relatório que analisa as consequências que o "Brexit" poderia ter sobre a população da Escócia

Sturgeon: "Se a economia, os padrões de vida e o investimento são as nossas prioridades, permanecer no mercado comum é absolutamente essencial" (Russell Cheyne/Reuters)
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EFE

Publicado em 15 de janeiro de 2018 às 16h08.

Última atualização em 15 de janeiro de 2018 às 16h17.

Edimburgo - A ministra principal da Escócia , a nacionalista Nicola Sturgeon, disse nesta segunda-feira que permanecer no mercado único é a melhor opção para diminuir o impacto sobre a economia após a saída do Reino Unido da União Europeia (UE).

Sturgeon fez estas declarações na apresentação de um relatório que analisa as consequências que o "Brexit" poderia ter sobre a população, o emprego e o investimento na Escócia.

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"Se a economia, os padrões de vida e o investimento são as nossas prioridades, permanecer no mercado comum é absolutamente essencial para minimizar o dano de abandonar a UE", sublinhou.

O documento mostra "os únicos três cenários realistas" que podem ocorrer após o "Brexit", segundo explicou, confessando que "nenhuma destas opções é tão boa como continuar na UE".

"O primeiro é permanecer no mercado comum, o segundo alcançar um acordo comercial livre similar ao qual a UE mantém com o Canadá e o terceiro seria recorrer aos termos da Organização Mundial do Comércio, a opção conhecida como a do não acordo", especificou.

Caso não alcance um pacto comercial com Bruxelas, o relatório recolhe que o Produto Interno Bruto (PIB) da Escócia reduziria 8,5% para 2030, o que equivaleria a uma perda de 12,7 bilhões de libras por ano (14,3 bilhões de euros) ou de 2,3 mil libras (2,6 mil euros) por habitante.

O poder aquisitivo cairia também 9,6% e o investimento econômico seria 10,2% menor.

Por outro lado, se ficasse assegurada a continuidade no mercado único, a queda do PIB seria de 2,7%, equivalente a uma perda de 4 bilhões de libras (4,5 bilhões de euros) e de cerca de 700 libras (786 euros) por pessoa.

O poder aquisitivo também cairia 1,4% e o investimento econômico seria 3% menor.

"Os dados refletem que permanecer no mercado comum não nos livraria dos custos de deixar a UE, mas os minimizaria", insistiu Sturgeon.

Com relação à segunda fase de negociações entre Londres e Bruxelas, pediu ao Executivo da primeira-ministra, Theresa May, que "deixe de ser dirigido pelas fixações da ala conservadora a favor do brexit ''duro" e coloque adiante" a criação de postos de trabalho, a manutenção dos padrões de vida e as oportunidades para esta e as gerações futuras".

A ministra principal escocesa também se referiu à postura adotada pelo líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbin, que, a seu julgamento, descartou defender que o país siga no mercado único quando deixar a UE.

Sturgeon assegurou que há uma maioria fora do partido conservador a favor da permanência no mercado comum, mas apontou que o mais importante é conseguir convencer Corbyn que deixe "a ridícula posição" que adotou e com a qual está tentando "deliberadamente de confundir as pessoas".

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