Economia

Preços de alimentos atingem menor nível em 6 meses, diz FAO

Choques de preços levaram a processos violentos na última década, mas se manterão estáveis nos próximos 10 anos, diz agência da ONU para alimentos


	Proibição à importação de alimentos anunciada pela Rússia deve ter efeito limitado nos preços
 (Fabrizio Bensch/Reuters)

Proibição à importação de alimentos anunciada pela Rússia deve ter efeito limitado nos preços (Fabrizio Bensch/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2014 às 08h31.

Roma - Os preços globais dos alimentos atingiram em julho o nível mais baixo em seis meses, liderados por um forte declínio nos grãos, oleaginosas e laticínios, que contrabalançaram aumentos nos preços de carnes e açúcar, informou na quinta-feira a agência da Organização das Nações Unidas para alimentos.

Os preços dos alimentos estão em condições de ficarem estáveis ao longo dos próximos 10 anos, depois que produtores globais responderam aos choques de preços que levaram a protestos violentos na última década, disseram a ONU e a FAO no mês passado.

A proibição à importação de alimentos por um ano anunciada pela Rússia contra países que impuseram sanções a Moscou pela crise na Ucrânia deve ter um efeito limitado nos preços globais dos alimentos, disse o economista sênior da FAO Abdolreza Abbassian.

"A primeira vítima será o mercado interno, no entanto isso terá algumas implicações para os agropecuaristas nos países produtores", disse Abdolreza Abbassian, apontando para o possível aumento de estoques de produtos não vendidos em alguns países exportadores que poderia deprimir ainda mais os preços.

O índice de julho ficou 1,7 por cento abaixo de julho de 2013, na quarta queda mensal consecutiva.

O índice de preços da FAO, que mede as mudanças mensais de preços para uma cesta de cereais, oleaginosas, laticínios, carnes e açúcar, ficou na média em 203,9 pontos em julho, queda de 4,4 pontos ou 2,1 por cento de junho.

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