Economia

Preços ao produtor no Brasil fecham 2021 com alta recorde de 28,39%

Em dezembro, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) registrou recuo de 0,12% na comparação com novembro, quando houve alta de 1,46%

IPP: os preços na indústria fecharam o ano de 2021 com alta acumulada de 28,39%, taxa recorde, depois de avanço de 19,38% em 2020 (Getty Images/Getty Images)

IPP: os preços na indústria fecharam o ano de 2021 com alta acumulada de 28,39%, taxa recorde, depois de avanço de 19,38% em 2020 (Getty Images/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 1 de fevereiro de 2022 às 13h32.

Última atualização em 1 de fevereiro de 2022 às 13h52.

Os preços ao produtor no Brasil tiveram em dezembro a primeira queda em mais de dois anos, mas ainda assim fecharam 2021 com avanço recorde na série histórica iniciada em 2014 pressionados por fatores como câmbio, alta de matérias-primas e o clima.

Em dezembro, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) registrou recuo de 0,12% na comparação com novembro, quando houve alta de 1,46%. Foi o primeiro resultado negativo depois de 28 meses, de acordo com os dados desta terça-feira do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A política vai seguir dando o tom na bolsa? Vai. E você pode aproveitar as melhores oportunidades. Saiba como!

Apesar disso, os preços na indústria fecharam o ano de 2021 com alta acumulada de 28,39%, taxa recorde, depois de avanço de 19,38% em 2020.

"Podemos enumerar o câmbio (como fator para o resultado de 2021), cuja depreciação chegou a quase 10%; o comportamento do mercado ao longo do ano, com aumentos consideráveis no preço do minério de ferro, do óleo bruto de petróleo, de alimentos como açúcar e carne", explicou o gerente do IBGE, Alexandre Brandão.

Ele ainda destacou o impacto da pandemia nas cadeias produtivas, bem como o clima, explicando que o inverno foi rigoroso e causou problemas nas safras do açúcar e do café, por exemplo.

Entre as 24 atividades analisadas, o IBGE apontou que as duas maiores quedas em dezembro ocorreram nas indústrias extrativas (-12,77%) e de metalurgia (-3,27%).

No ano, os destaques ficaram para refino de petróleo e biocombustíveis (69,72%), outros produtos químicos (64,09%), metalurgia (41,79%) e madeira (40,76%).

O IPP mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, isto é, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação.

Acompanhe tudo sobre:IndústriaInflaçãoPreços

Mais de Economia

Preço da carne tem maior alta mensal em 4 anos, mostra IPCA de outubro

Número de pessoas que pediram demissão em 2024 bate recorde, diz FGV

Inflação de outubro acelera e fica em 0,56%; IPCA acumulado de 12 meses sobe para 4,76%

Reforma Tributária: empresas de saneamento fazem abaixo-assinado contra alta de imposto